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BP está prestes a enfrentar julgamento sobre vazamento

BP vai ao tribunal quase três anos depois de uma explosão em águas profundas que matou 11 homens, afundou uma plataforma e derramou 4 milhões de barris de petróleo

Fábrica da BP: julgamento sobre o pior vazamento de petróleo dos EUA vai começar nesta segunda-feira em Nova Orleans diante de um juiz federal, mas sem júri (©AFP/Archives / Ben Stansall)
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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 13h55.

Nova Orleans - Quase três anos depois de uma explosão em águas profundas que matou 11 homens, afundou uma plataforma e derramou 4 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, a BP e as outras empresas envolvidas estão prestes a enfrentar o seu dia no tribunal.

O julgamento sobre o pior vazamento de petróleo dos EUA vai começar nesta segunda-feira em Nova Orleans diante de um juiz federal, mas sem júri. Poucos esperam que o caso, que deverá se desenrolar por vários meses, seja decidido pelo juiz.

Os esforços para selar um acordo no fim de semana não deram resultado, mas especialistas jurídicos esperam uma resolução, pelo menos com o Departamento de Justiça dos EUA, nos próximos meses. O testemunho inicial deve definir o tom para as negociações do acordo, dependendo de quão prejudicial é a evidência, dizem os especialistas.

Devem se juntar à BP na sala de audiências do juiz Carl Barbier a operadora de sondas Transocean Ltd e a fornecedora de serviços Halliburton Co.

Contra elas estão o Departamento de Justiça, alguns Estados da Costa do Golfo e outros demandantes.

A BP tem um histórico de solucionar casos civis antes ou durante o julgamento. Quatro processos sobre a explosão de 2005 na sua refinaria de Texas City, que matou 15 pessoas, foram todos encerrados em acordos. Os pagamentos totalizaram 3,1 bilhões de dólares. A BP vendeu a refinaria.


Os riscos são maiores desta vez, no entanto. A explosão e o vazamento no poço de Macondo em 20 de abril de 2010 afetou o litoral de cinco Estados, provocou a proibição da extração de petróleo e gás por seis meses no Golfo e prejudicou os negócios de pescadores e hoteleiros, dentre outros.

A BP já gastou ou se comprometeu com um total 37 bilhões de dólares em limpeza, restauração, pagamentos e acordos. Isso inclui 8,5 bilhões de dólares para a maioria dos requerentes, um recorde de 4,5 bilhões de dólares em multas, e uma confissão de culpa a 14 acusações criminais do Departamento de Justiça, e ações cíveis da Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora dos mercados de capitais norte-americanos.

A empresa vendeu 38 bilhões de dólares em ativos para ajudar a cobrir os seus custos relacionados com o derramamento, incluindo as suas menores e mais antigas operações no Golfo do México.

No entanto, a empresa pode acabar pagando dezenas de bilhões a mais, dependendo se o governo dos EUA e Estados requerentes do Golfo convencerem o juiz Barbier de que a BP foi negligente.

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Nova Orleans - Quase três anos depois de uma explosão em águas profundas que matou 11 homens, afundou uma plataforma e derramou 4 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, a BP e as outras empresas envolvidas estão prestes a enfrentar o seu dia no tribunal.

O julgamento sobre o pior vazamento de petróleo dos EUA vai começar nesta segunda-feira em Nova Orleans diante de um juiz federal, mas sem júri. Poucos esperam que o caso, que deverá se desenrolar por vários meses, seja decidido pelo juiz.

Os esforços para selar um acordo no fim de semana não deram resultado, mas especialistas jurídicos esperam uma resolução, pelo menos com o Departamento de Justiça dos EUA, nos próximos meses. O testemunho inicial deve definir o tom para as negociações do acordo, dependendo de quão prejudicial é a evidência, dizem os especialistas.

Devem se juntar à BP na sala de audiências do juiz Carl Barbier a operadora de sondas Transocean Ltd e a fornecedora de serviços Halliburton Co.

Contra elas estão o Departamento de Justiça, alguns Estados da Costa do Golfo e outros demandantes.

A BP tem um histórico de solucionar casos civis antes ou durante o julgamento. Quatro processos sobre a explosão de 2005 na sua refinaria de Texas City, que matou 15 pessoas, foram todos encerrados em acordos. Os pagamentos totalizaram 3,1 bilhões de dólares. A BP vendeu a refinaria.


Os riscos são maiores desta vez, no entanto. A explosão e o vazamento no poço de Macondo em 20 de abril de 2010 afetou o litoral de cinco Estados, provocou a proibição da extração de petróleo e gás por seis meses no Golfo e prejudicou os negócios de pescadores e hoteleiros, dentre outros.

A BP já gastou ou se comprometeu com um total 37 bilhões de dólares em limpeza, restauração, pagamentos e acordos. Isso inclui 8,5 bilhões de dólares para a maioria dos requerentes, um recorde de 4,5 bilhões de dólares em multas, e uma confissão de culpa a 14 acusações criminais do Departamento de Justiça, e ações cíveis da Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora dos mercados de capitais norte-americanos.

A empresa vendeu 38 bilhões de dólares em ativos para ajudar a cobrir os seus custos relacionados com o derramamento, incluindo as suas menores e mais antigas operações no Golfo do México.

No entanto, a empresa pode acabar pagando dezenas de bilhões a mais, dependendo se o governo dos EUA e Estados requerentes do Golfo convencerem o juiz Barbier de que a BP foi negligente.

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