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Boom de jatos executivos fará este aeroporto no interior de SP dobrar hangares

O Catarina Aeroporto Executivo Internacional, único aeroporto privado do Brasil, planeja dobrar o número de hangares à medida que aumenta a demanda por viagens em jatos executivos

Terminal do Catarina, em São Roque (SP): O Brasil tem a segunda maior frota de jatos executivos, perdendo apenas para os EUA, e São Paulo está entre as principais cidades do mundo em tráfego de helicópteros (Bloomberg/Bloomberg)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 28 de junho de 2023 às 09h48.

O único aeroporto privado do Brasil planeja dobrar o número de hangares à medida que aumenta a demanda por viagens em jatos executivos.

O Catarina Aeroporto Executivo Internacional, inaugurado em 2019, fica a 14 minutos de helicóptero — ou 35 de carro — de São Paulo e atualmente possui 12 hangares, com planos de expansão para 25, disse o diretor administrativo Ronie Guimarães em entrevista.

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Quem é o dono do Catarina

De propriedade da incorporadora de luxo e operadora de shoppings JHSF, o Catarina atende voos domésticos e internacionais com uma pista longa o suficiente para as maiores aeronaves privadas. É utilizado como base por quase 100 aviões.

O Brasil tem a segunda maior frota de jatos executivos, perdendo apenas para os EUA, e São Paulo está entre as principais cidades do mundo em tráfego de helicópteros, segundo a JHSF.

Construído para rivalizar com outros terminais privados em todo o mundo, como Farnborough, em Londres, Le Bourget, em Paris, e o aeroporto de Teterboro, perto da cidade de Nova York, o Catarina tem tido um crescimento sustentado após um salto inicial impulsionado pela pandemia.

"Fez um boom em 2020," disse Guimarães. "Todo mundo que tinha já o seu jato começou a usar mais, e quem não tinha e tinha condições financeiras começou a fretar ou comprar aeronave. E ali deu falta de aeronave."

Quais jatos pousam no aeroporto

O aeroporto fatura com aluguel de hangares, venda de combustível e estadias de curta duração. Alguns clientes pagam um ágio de até 40% para ter seu próprio hangar, que muitas vezes é distribuído entre uma família ou entre amigos. Guimarães não quis comentar sobre tarifas específicas, mas disse que elas estão subindo acima da inflação.

O aeroporto opera 24 horas por dia e recebe grandes jatos executivos que podem custar de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões, incluindo:

Cerca de 90% do tráfego é nacional e 10% internacional.

Como está o movimento no Catarina

Atualmente, existem 1.200 voos por mês no Catarina, com espaço para crescer para até 10.000, disse Guimarães. Uma nova pista mais curta, para taxiar, foi construída para ajudar a controlar o tráfego.

Existem listas de espera no Brasil para muitas aeronaves, incluindo aquelas capazes de pousar em pistas de terra, que são populares entre os grandes proprietários de fazendas, disse ele.

A JHSF tem acordos com fabricantes para fornecer manutenção em aviões dentro dos hangares, o que dá aos proprietários outro motivo para usar o Catarina em vez de opções como o aeroporto internacional de Guarulhos, disse ele.

"Os heavy jets, que fazem voos internacionais — vou chegar, em São Paulo, em 80% de market share," disse Guimarães. "Quem tem essa aeronave, cada 15 dias está indo para Suíça, Estados Unidos, Paris, Londres, seja business ou pessoal. O heavy jet é um foco nosso."

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