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Boliviano é processado por não cooperar em investigação da Lamia

O diretor regional da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares será processado "por não cooperar de maneira efetiva na investigação"

LaMia: o Ministério boliviano afirmou que colaborou com as autoridades da Colômbia, país responsável pelas investigações do acidente (Reuters/Reuters)

LaMia: o Ministério boliviano afirmou que colaborou com as autoridades da Colômbia, país responsável pelas investigações do acidente (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 19h03.

La Paz - O governo boliviano anunciou nesta quarta-feira que iniciará "ações legais" contra o diretor regional do órgão de controle de voos do país em Santa Cruz (leste) por não cooperar com as autoridades colombianas que investigam o acidente do avião da companhia aérea Lamia que caiu em novembro com a delegação da Chapecoense.

O diretor regional da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea de Santa Cruz será processado "por não cooperar de maneira efetiva na investigação", afirmou o Ministério de Obras Públicas da Bolívia em comunicado.

O funcionário foi identificado pela imprensa local como Marcelo Chávez.

O Ministério boliviano também afirmou que colaborou com as autoridades da Colômbia, país responsável pelas investigações do acidente.

O governo da Bolívia esclareceu que realizou uma "revisão e análise" de "duas situações muito particulares", uma delas os eventos prévios ao voo da Lamia, a autorização de saída ao exterior emitida pela Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) e o plano de voo da companhia aérea.

Também foram revisados os trâmites realizados pela companhia aérea perante a DGAC para obter seu certificado para voar.

"Em nenhum dos casos houve interferência no processo de investigação conduzido pela Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil), em estrito cumprimento do Convênio de Chicago", indica o comunicado.

Os resultados da revisão realizada pelo governo boliviano, que foram apresentados no último dia 20 de dezembro, apontam o piloto do avião, Miguel Quiroga, morto no acidente, e a Lamia como responsáveis pela tragédia.

O diretor da Aerocivil, Alfredo Bocanegra, afirmou na sexta-feira que a Bolívia não tem a faculdade nem a competência para dar resultados da investigação do acidente.

A Aerocivil divulgou esta semana um relatório preliminar que apontou a falta de combustível como causa do acidente e que houve várias irregularidades de procedimento, descartando a possibilidade de uma falha técnica.

A conclusão final do relatório será publicada entre abril e março de 2017.

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