Boeing espera retomar produção do 737 MAX ainda este ano
O presidente-executivo, Dave Calhoun, disse que a empresa não considera acabar com a fabricação e que o avião vai continuar voando por uma geração
Reuters
Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 19h00.
O presidente-executivo da Boeing , Dave Calhoun, afirmou a jornalistas nesta quarta-feira que a fabricante de aviões espera reiniciar a produção do 737 MAX meses antes da esperada retomada dos voos da aeronave, em meados do ano, e a companhia não planeja suspender ou reduzir pagamento de dividendos.
A Boeing anunciou em dezembro interrupção de produção do avião quando esperava-se, à época, que a suspensão dos voos da aeronave, após duas quedas que mataram 346 pessoas, duraria até meados deste ano.
Calhoun disse que a Boeing não está considerando descontinuar o MAX e que o avião vai continuar voando por uma geração. Ele também disse que a Boeing não vai lançar uma campanha de marketing para recuperar clientes da aeronave.
Ele também revelou que a Boeing está começando do zero um novo avião de médio porte, mas não ficou claro se a empresa está abandonando o design atual.
A Boeing afirmou na terça-feira que espera que autoridades de aviação liberem o 737 MAX para voar em meados deste ano. Calhoun disse que não considera como "problema sério" recentes questões levantadas sobre fiação ou software do avião.
Calhoun disse que a Boeing não está planejando cortar ou suspender dividendo porque a empresa tem "capacidade financeira e capacidade para fazer as coisas que precisamos fazer". O executivo comentou ainda que "vai manter o posicionamento a menos que algo dramático mude".
Ele evitou comentar data específica para o retorno da produção do 737 MAX, mas disse que a Boeing vai fazer mudanças na linha de montagem para torná-la mais eficiente.
Calhoun foi diretor na Boeing por uma década antes de assumir a presidência-executiva neste mês. O conselho de administração da companhia demitiu Dennis Muilenburg em dezembro em meio a crescentes críticas contra a Boeing por parte de reguladores, políticos e clientes.