BNDES: governo mantém leilão de 3 distribuidoras da Eletrobras no dia 30
A Eletrobras tentará vender as distribuidoras ainda que o projeto de lei que destrava a privatização dessas empresas não tenha sido aprovado pelo Senado
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de agosto de 2018 às 14h40.
Rio - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) , Dyogo Oliveira, reafirmou nesta terça-feira, 21, a decisão do governo federal de realizar o leilão de três distribuidoras de energia elétrica hoje controladas pela Eletrobras no próximo dia 30. Segundo Oliveira, o pregão atrairá investidores mesmo sem a aprovação final, no Congresso Nacional, de projeto de lei (PL) que daria maior segurança jurídica à operação.
"As três distribuidoras remanescentes no leilão não são afetadas na mesma magnitude pelo PL. Então a decisão é manter o leilão no dia 30", afirmou Oliveira, ao deixar audiência pública sobre transparência nas ações do BNDES.
No leilão, a Eletrobras tentará vender as distribuidoras que atuam no Acre, em Rondônia e em Roraima, ainda que o PL que destrava a privatização dessas empresas não tenha sido aprovado pelo Senado. O texto já foi aprovado pelos deputados e resolve pendências dessas distribuidoras, o que poderia aumentar a atratividade do leilão.
Para Oliveira, a falta do PL não será empecilho. "Como o resultado dos negócios não é afetado pelo PL, isso não deverá afetar o interesse dos investidores", disse o presidente do BNDES. O banco coordena a privatização das distribuidoras.
Originalmente, a Eletrobras pretendia vender seis distribuidoras. A Cefisa, no Piauí, foi vendida em leilão. O pregão de venda da subsidiária do Amazonas foi remarcada para 26 de setembro. Já para licitar a Ceal, de Alagoas, é preciso resolver uma disputa com o governo estadual, que cobra ressarcimento financeiro da União no Supremo Tribunal Federal (STF).
Embraer
Dyogo Oliveira negou que o governo federal esteja esperando passar as eleições gerais de outubro para tomar uma decisão sobre o aval à operação de compra da área de aviação comercial da fabricante de aviões Embraer pela multinacional americana Boeing. Segundo Oliveira, a operação não deve ser condicionada a questões políticas.
"É um acordo comercial entre duas empresas, que tem importância estratégica", disse.O presidente do banco destacou o fato de a operação manter a fabricação de aviões por parte da Embraer no Brasil.