Usina da MPX no Ceará: no total, a empresa aumenta seu capital em R$ 800 milhões com a venda das novas ações (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 17h02.
Rio - O BNDES confirmou nesta quinta-feira, 22, a injeção de R$ 82 milhões na MPX (MPXE3), geradora de energia elétrica vendida pelo Grupo EBX, de Eike Batista, à alemã E.ON.
O aporte foi feito na mesma proporção da atual participação do BNDESPar na empresa. O banco detém 10,3% das ações e exerceu o direito de preferência para realizar a operação. O braço de participações do BNDES também possui ações nas empresas MMX, de mineração, e OGX, de petróleo.
Na quarta-feira, 21, a MPX Energia informou que negociou um valor de R$ 49 milhões entre os dias 14 e 16 de agosto com a venda de novas ações ordinárias da empresa ao mercado. Ainda há cerca de 35 milhões de ações ordinárias não subscritas que poderão ser negociadas pelos acionistas entre amanhã, 23, e o dia 27 de agosto ao preço de R$ 6,45 por ação.
No total, a empresa aumenta seu capital em R$ 800 milhões com a venda das novas ações. A estratégia foi anunciada em julho, quando Eike Batista renunciou à presidência do conselho da MPX.
A E.ON, empresa alemã de energia que já possui cerca de 24,5% de participação, deverá assumir o controle da MPX após o processo de capitalização. A empresa também exerceu seu direito de preferência e subscreveu 44.900.060 de ações, totalizando R$ 289 milhões.
Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o banco acompanhou a operação de aumento de capital porque a empresa tem bons fundamentos.
"A análise fundamental do banco mostra um grande potencial. É uma empresa que tem um portfólio de projetos muito interessante", disse Coutinho, após participar Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2013), no Rio. Perguntado se a análise vale para outras empresas do Grupo EBX, Coutinho respondeu: "Lembre-se que a empresa hoje é uma empresa da E.ON".