BM&FBovespa tem prejuízo de R$ 114 milhões no 2º trimestre
Nos primeiros três meses do ano, a companhia havia anotado ganhos de R$ 339,3 milhões
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2016 às 19h27.
São Paulo - Refletindo os custos provenientes da fusão com a Cetip e os efeitos contábeis da venda da fatia detida na bolsa americana CME, feita em abril, a BM&FBovespa apresentou um prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 114,4 milhões no segundo trimestre deste ano, ante um lucro de R$ 318 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
Nos primeiros três meses do ano, a companhia havia anotado ganhos de R$ 339,3 milhões. A Bolsa já havia reportado um prejuízo contábil no último trimestre do ano passado, em decorrência de uma baixa contábil que refletiu a redução do valor recuperável do ativo intangível.
No primeiro semestre deste ano, o lucro foi a R$ 224,9 milhões, queda de 62,4% ante o mesmo período do ano anterior.
"No trimestre houve dois itens extraordinários que afetaram o resultado, de caráter extraordinário", destaca o diretor de Relações com Investidores da BM&FBovespa, Rogério Santana, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O executivo destaca que o impacto da venda da fatia da CME, que representou um efeito líquido de R$ 557,3 milhões, é contábil, ou seja, não atinge o caixa.
Excluindo os itens extraordinários, a Bolsa brasileira informou que o lucro líquido seria de R$ 496,8 milhões, o que significaria alta de 56,2% em relação ao lucro visto um ano antes.
"Em 20 de maio, obtivemos o apoio da maioria dos acionistas da BM&FBovespa e da Cetip para a aprovação da proposta de combinação de operações entre as companhias. A transação agora está sujeita às aprovações regulatórias e o processo de integração começará apenas após a obtenção destas. Estamos entusiasmados com essa transação transformacional que criará uma empresa de infraestrutura de mercado única", destaca o presidente da Bolsa, Edemir Pinto, no relatório que acompanha o demonstrativo financeiro da Bolsa brasileira.
A venda da totalidade detida das ações da CME gerou um resultado negativo de R$ 572,8 milhões (efeito líquido de R$ 557,3 milhões) ou seja, atingindo em cheio o lucro do segundo trimestre.
Somado a isso, os custos da operação com a Cetip, incluindo publicações, auditores, avaliadores, advogados e demais assessores, ficou em R$ 47,8 milhões, conforme a companhia. O efeito líquido negativo dessa despesa foi R$ 31,5 milhões, detalha o diretor da Bolsa.
A receita líquida da Bolsa no segundo trimestre do ano somou R$ 574,5 milhões, aumento de 3,6% na relação anual e de 1,9% na trimestral. Já de janeiro a junho, as receitas foram a R$ 1,138 bilhão, expansão de 5,9%.
A margem operacional foi de 53,2%, ante 64,3% no mesmo intervalo do ano passado e de 64,1% nos três primeiros meses deste ano.
Fusão
A fusão entre Cetip e BM&FBovespa foi aprovada pelos Conselhos de Administração de ambas em abril último. O aval dos acionistas, em assembleias, ocorreu em maio.
Agora, as duas companhias buscam as aprovações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para poderem, enfim, iniciar a integração.
Após todos os avais, os acionistas da Cetip receberão por ação detida na depositária R$ 30,75 em dinheiro, montante que começou a ser ajustado pelo CDI desde a reunião do Conselho de Administração da companhia que recomendou a proposta recebida pela BM&FBovespa, em 8 de abril.
O restante será pago com 0,9358 ação da Bolsa, com travas estabelecidas para o preço do papel de R$ 12,51 a R$ 19,75. O valor mínimo a ser pago por ação da Cetip será, dessa forma, R$ 42. Hoje, a ação a Cetip fechou em R$ 44 e a da BM&FBovespa, em R$ 19,15.
Na semana passada, a Cetip reportou um lucro líquido de R$ 140,3 milhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 18,2% em relação ao observado no mesmo período do ano passado.
Em relação aos três primeiros meses do ano, houve um aumento de 3,7%. De janeiro a junho, o lucro da depositária foi a R$ 275,5 milhões, alta de 15,1%.
Em teleconferência para comentar os resultados do período, o diretor presidente da depositária, Gilson Finkelsztain, principal nome cotado para suceder Edemir Pinto no processo sucessório da BM&FBovespa, disse que a Cetip, juntamente com a Bolsa, está trabalhando para obter as aprovações regulatórias para poder caminhar com a fusão.
São Paulo - Refletindo os custos provenientes da fusão com a Cetip e os efeitos contábeis da venda da fatia detida na bolsa americana CME, feita em abril, a BM&FBovespa apresentou um prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 114,4 milhões no segundo trimestre deste ano, ante um lucro de R$ 318 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
Nos primeiros três meses do ano, a companhia havia anotado ganhos de R$ 339,3 milhões. A Bolsa já havia reportado um prejuízo contábil no último trimestre do ano passado, em decorrência de uma baixa contábil que refletiu a redução do valor recuperável do ativo intangível.
No primeiro semestre deste ano, o lucro foi a R$ 224,9 milhões, queda de 62,4% ante o mesmo período do ano anterior.
"No trimestre houve dois itens extraordinários que afetaram o resultado, de caráter extraordinário", destaca o diretor de Relações com Investidores da BM&FBovespa, Rogério Santana, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O executivo destaca que o impacto da venda da fatia da CME, que representou um efeito líquido de R$ 557,3 milhões, é contábil, ou seja, não atinge o caixa.
Excluindo os itens extraordinários, a Bolsa brasileira informou que o lucro líquido seria de R$ 496,8 milhões, o que significaria alta de 56,2% em relação ao lucro visto um ano antes.
"Em 20 de maio, obtivemos o apoio da maioria dos acionistas da BM&FBovespa e da Cetip para a aprovação da proposta de combinação de operações entre as companhias. A transação agora está sujeita às aprovações regulatórias e o processo de integração começará apenas após a obtenção destas. Estamos entusiasmados com essa transação transformacional que criará uma empresa de infraestrutura de mercado única", destaca o presidente da Bolsa, Edemir Pinto, no relatório que acompanha o demonstrativo financeiro da Bolsa brasileira.
A venda da totalidade detida das ações da CME gerou um resultado negativo de R$ 572,8 milhões (efeito líquido de R$ 557,3 milhões) ou seja, atingindo em cheio o lucro do segundo trimestre.
Somado a isso, os custos da operação com a Cetip, incluindo publicações, auditores, avaliadores, advogados e demais assessores, ficou em R$ 47,8 milhões, conforme a companhia. O efeito líquido negativo dessa despesa foi R$ 31,5 milhões, detalha o diretor da Bolsa.
A receita líquida da Bolsa no segundo trimestre do ano somou R$ 574,5 milhões, aumento de 3,6% na relação anual e de 1,9% na trimestral. Já de janeiro a junho, as receitas foram a R$ 1,138 bilhão, expansão de 5,9%.
A margem operacional foi de 53,2%, ante 64,3% no mesmo intervalo do ano passado e de 64,1% nos três primeiros meses deste ano.
Fusão
A fusão entre Cetip e BM&FBovespa foi aprovada pelos Conselhos de Administração de ambas em abril último. O aval dos acionistas, em assembleias, ocorreu em maio.
Agora, as duas companhias buscam as aprovações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para poderem, enfim, iniciar a integração.
Após todos os avais, os acionistas da Cetip receberão por ação detida na depositária R$ 30,75 em dinheiro, montante que começou a ser ajustado pelo CDI desde a reunião do Conselho de Administração da companhia que recomendou a proposta recebida pela BM&FBovespa, em 8 de abril.
O restante será pago com 0,9358 ação da Bolsa, com travas estabelecidas para o preço do papel de R$ 12,51 a R$ 19,75. O valor mínimo a ser pago por ação da Cetip será, dessa forma, R$ 42. Hoje, a ação a Cetip fechou em R$ 44 e a da BM&FBovespa, em R$ 19,15.
Na semana passada, a Cetip reportou um lucro líquido de R$ 140,3 milhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 18,2% em relação ao observado no mesmo período do ano passado.
Em relação aos três primeiros meses do ano, houve um aumento de 3,7%. De janeiro a junho, o lucro da depositária foi a R$ 275,5 milhões, alta de 15,1%.
Em teleconferência para comentar os resultados do período, o diretor presidente da depositária, Gilson Finkelsztain, principal nome cotado para suceder Edemir Pinto no processo sucessório da BM&FBovespa, disse que a Cetip, juntamente com a Bolsa, está trabalhando para obter as aprovações regulatórias para poder caminhar com a fusão.