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BlackBerry poderá vender ferramentas de criptografia para os EUA

O receio de que as comunicações governamentais estejam sendo ouvidas por espiões aumentou nos anos recentes

BlackBerry: o órgão também aprovou ferramentas de rivais da BlackBerry, incluindo Apple e a Samsung (Mark Blinch/Reuters)

BlackBerry: o órgão também aprovou ferramentas de rivais da BlackBerry, incluindo Apple e a Samsung (Mark Blinch/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de julho de 2017 às 16h50.

Toronto - A empresa BlackBerry disse nesta quinta-feira que ganhou o direito de vender ao governo dos Estados Unidos ferramentas para criptografar ligações telefônicas e mensagens de texto, ao obter autorização da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) para os produtos.

A empresa disse que recebeu o aval do braço da NSA que avalia os padrões de segurança de produtos comerciais de tecnologia para determinar se podem ser usados pelo governo norte-americano.

O órgão também aprovou ferramentas de rivais da BlackBerry, incluindo Apple e a Samsung Electronics.

O receio de que as comunicações governamentais estejam sendo ouvidas por espiões aumentou nos anos recentes, depois que uma ligação não criptografada entre uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA e um embaixador norte-americano na Ucrânia foi interceptada e disponibilizada na internet no início de 2014.

As ferramentas são baseadas em tecnologia da Secusmart, que a BlackBerry adquiriu em 2014 após a startup alemã ter conquistado um contrato para bloquear o telefone celular da chanceler Angela Merkel, que segundo denúncias estaria sendo espionada pela NSA.

A BlackBerry disse que seus produtos de criptografia de voz e mensagens de texto são usados por agências estatais em 20 países na Europa, América Latina, sudeste asiático e África. A Alemanha é o maior cliente governamental.

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