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Black Friday pode impulsar varejistas na crise, diz Google

Os produtos mais buscados pelos consumidores para a edição desse ano são smartphones, notebooks, eletroportáteis e eletrodomésticos

Black Friday: os produtos mais buscados são smartphones, notebooks, eletroportáteis e eletrodomésticos (shironosov/Thinkstock)

Karin Salomão

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 17h32.

São Paulo – A Black Friday pode ser uma grande oportunidade não só para os consumidores que procuram por descontos, mas também para grandes companhias retomarem as vendas em um ano difícil para o varejo .

É o que apontam pesquisas feitas pelo Google e Cielo e apresentados no evento Thank God It’s Black Friday. Esse ano, a data será na sexta-feira dia 25 de novembro.

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Os produtos mais buscados pelos consumidores para a edição desse ano são smartphones , notebooks, eletroportáteis e eletrodomésticos, segundo o Google, que também são setores do consumo que sofreram muito com a crise econômica .

De acordo com Carol Rocha, gerente de Insights do Google, os consumidores estão aguardando a data de promoções para a compra, que estava reprimida por causa das incertezas políticas e econômicas.

“A Black Friday nunca foi tão esperada, pois acontece depois de dois anos difíceis”, disse José Melchert, diretor de varejo do Google. 74% das pessoas que já participaram de alguma das edições passadas da data pretende voltar a comprar esse ano.

A crise também tem outro efeito na Black Friday: esse ano, os consumidores pesquisarão ainda mais antes de fazer uma compra do que nas edições anteriores. Do início de 2014 ao início deste ano, as buscas por preços e boas condições de compra aumentam cerca de 60% ano a ano, afirmou o Google.

Como os setores mais procurados são de produtos mais caros, o valor gasto por cada consumidor nessa data é muito maior do que em qualquer outra ocasião, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Natal.

Enquanto nessas datas as pessoas costumam gastar de R$ 450 a R$ 500, o consumo online na Black Friday é de R$ 1098,80.

A data não atrai apenas consumidores, mas também lojistas. De 2012 a 2015, o número de empresas participantes cresceu 9 vezes e chegou a 43 mil no ano passado. De acordo com a Cielo , as vendas feitas na data correspondem a sete sextas-feiras comuns no varejo online.

Com a popularização da data e a entrada de novas lojas na onda de promoções, cresceu também o faturamento total. O volume de receitas da data cresceu de R$ 100 milhões em 2011 para R$ 1,6 bilhão em 2015. Em 2015, o crescimento foi de 38% em relação ao ano passado.

“Acreditamos que esse ano a Black Friday irá superar expectativas e marcar o início da retomada do varejo”, afirmou Melchert, do Google.

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