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Biosev contrata crédito de US$440 mi para alongar dívida

Dívida de curto prazo da empresa estava em 1,9 bilhão de reais ao final do primeiro trimestre deste ano


	Plantação de cana da Biosev:  70 por cento da dívida da Biosev está em dólar e 30 por cento em reais
 (foto/Divulgação)

Plantação de cana da Biosev:  70 por cento da dívida da Biosev está em dólar e 30 por cento em reais (foto/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 14h46.

São Paulo - A Biosev, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do mundo, informou nesta segunda-feira que contratou uma linha de crédito rotativo na modalidade Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) com vencimento em 3 anos, no valor de 440 milhões de dólares, com o objetivo de alongar sua dívida.

A dívida de curto prazo da empresa estava em 1,9 bilhão de reais ao final do primeiro trimestre deste ano.

"Esta operação, na realidade, ela totaliza praticamente 1 bilhão de reais que nos ajuda em 50 por cento deste objetivo", disse o diretor financeiro da Biosev, Paulo Prignolato, em entrevista por telefone.

Ele acrescentou que, além desta operação, a companhia vem trabalhando em outras alternativas para ajudar na meta para este ano, de alongar a dívida e encerrar o ano com geração de fluxo de caixa livre.

A empresa não divulgou prazo e custos médios da dívida, mas reforçou que com a operação a companhia efetivamente está conseguindo trocar parte desta dívida que tem vencimento em um ano, para outra de três anos.

O executivo detalhou que 70 por cento da dívida da Biosev está em dólar e 30 por cento em reais.

"E isso, a condições extremamente competitivas no momento atual", acrescentou. A taxa de juros da transação será igual a Libor mais 4,4 por cento ao ano, equivalente a aproximadamente 4,9 por cento ao ano, segundo comunicado divulgado mais cedo.

A operação totalizou duas vezes mais do que o previsto inicialmente, disse a Biosev, "reflexo da demanda dos 10 bancos participantes da operação sindicalizada".

O executivo disse que a empresa vem analisando o mercado de bônus, mas considera que o cenário é desvantajoso para uma emissão deste tipo --por seus custos elevados entre 8 e 12 por cento ao ano e demanda de garantias reais.

"Porém, nós estamos sempre monitorando o mercado, se por acaso a gente entender que este mercado está adequado à Biosev, nós poderemos então voltar a analisar com cuidado", afirmou. Ele acrescentou que a companhia analisa outras operações que permitam à companhia atingir a meta do ano, de gerar fluxo de caixa livre.

"Estamos analisando algumas outras operações... no momento, algumas delas estão bem avançadas, mas elas só serão divulgadas quando forem finalizadas", disse.

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