BHP Billiton descarta retomar atividades da Samarco em 2017
A empresa, que é coproprietária da mineradora brasileira, anunciou, ainda, um aporte de 250 milhões de dólares no país
AFP
Publicado em 30 de junho de 2017 às 17h09.
Última atualização em 30 de junho de 2017 às 18h18.
A empresa anglo-australiana BHP Billiton descartou a possibilidade de retomar, este ano, as atividades da Samarco , responsável por um desastre que matou 19 pessoas em 2015 em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (Minas Gerais).
A empresa, que é coproprietária da mineradora brasileira, anunciou, ainda, um aporte de 250 milhões de dólares no país.
Em novembro de 2015, o rompimento de um dique de contenção de dejetos da mineradora Samarco provocou um deslizamento de terra que destruiu a cidade vizinha de Bento Rodrigues, deixando 19 mortos.
O deslizamento é considerado a maior catástrofe ambiental da história do Brasil, destruindo ecossistemas ao longo de todo o rio Doce, que atravessa os estados de Espírito Santo e Minas Gerais.
A BHP é coproprietária da Samarco, junto com a Vale. A anglo-australiana afirmou que, antes de retomar suas atividades, precisa de uma autorização do governo brasileiro e de uma avaliação da situação econômica e de segurança.
"Por isso, é pouco provável que as operações da Samarco sejam retomadas em 2017", disse a maior mineradora do mundo em um comunicado.
A companhia ainda anunciou um aporte de 250 milhões de dólares no Brasil. Deles, 174 milhões serão destinados a programas de compensação e o resto a programas demeio-ambiente da Samarco.
A BHP anunciou também um acordo com a promotoria brasileira para prorrogar, até 30 de outubro, o prazo para negociar o acordo de 155 bilhões de reais.