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BC precisa reprovar operação entre Itaú e Xp, diz conselheira do Cade

Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt lembrou que a operação do Itaú com a XP foi aprovada pelo Cade, mas que recebeu voto contrário dela

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Itaú: banco tem defendido que a operação não representa a aquisição do controle da XP (Nacho Doce/Reuters)

Itaú: banco tem defendido que a operação não representa a aquisição do controle da XP (Nacho Doce/Reuters)

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Fabrício de Castro, do Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às, 20h50.

Brasília - A conselheira Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), defendeu nesta terça-feira, 5, que o Banco Central reprove a operação de compra da XP Investimentos pelo Itaú. Já aprovada pelo Cade, a operação depende agora do aval do BC para seguir adiante.

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Cristiane lembrou que a operação do Itaú com a XP foi aprovada pelo Cade, mas que recebeu voto contrário dela.

De acordo com Cristiane, a compra de parcela da XP pelo Itaú favorece a concentração vertical do mercado, prejudicando a concorrência e atrasando o processo de "desbancarização" no Brasil, em que clientes procuram alternativas, mais baratas e eficientes, aos bancos tradicionais.

Além disso, Cristina afirma que a operação torna mais difícil a recusa, por parte do Cade, de eventuais novas operações de aquisição entre bancos e plataformas de investimentos.

"Uma vez que o Cade aprova o maior banco comprando a maior plataforma independente, como o conselho pode frear a compra de qualquer outro banco menor, de uma plataforma menor?", afirmou. "Eu não sei. Eu posso até reprovar, mas o Cade eu não sei."

Cristiane lembrou ainda, em sua apresentação, que o Itaú tem defendido que a operação não representa a aquisição do controle da XP. Conforme Cristiane, o banco terá 75% do capital social e 49,9% do capital votante da XP em 2022. Depois, em 2028, pelo acordo que passou no Cade, a XP poderá vender o controle ao Itaú. Essa operação, se ocorrer, terá que passar novamente pelo Cade.

"Como o Cade não reprovou agora, dificilmente vai ser reprovado no futuro. Então, o BC precisa reprovar esta operação", defendeu Cristiane, dirigindo-se diretamente ao diretor de Regulação do Banco Central, Otavio Ribeiro Damaso, também presente à audiência.

A audiência desta tarde na CAE teve como tema "Inovação e Competição: Novos caminhos para redução dos spreads bancários". Damaso representou o BC. Já Cristiane deixou claro, no início de sua apresentação, que falava em seu próprio nome, já que os conselheiros do Cade possuem autonomia, e não em nome do conselho.

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