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BC e exterior empurram dólar acima de R$1,56

São Paulo - O dólar subiu frente ao real e se afastou das mínimas em 12 anos nesta sexta-feira. A valorização global da moeda norte-americana comandou os negócios no Brasil, em um dia de intervenção também mais firme do Banco Central. O dólar subiu 0,51 por cento no mercado à vista, a 1,565 real para […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 16h45.

São Paulo - O dólar subiu frente ao real e se afastou das mínimas em 12 anos nesta sexta-feira. A valorização global da moeda norte-americana comandou os negócios no Brasil, em um dia de intervenção também mais firme do Banco Central.

O dólar subiu 0,51 por cento no mercado à vista, a 1,565 real para venda. A taxa Ptax, usada como referência em contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5634 real para venda, em alta de 0,34 por cento.

Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar subia 0,28 por cento às 16h30, com valorização principalmente sobre o euro em meio à aversão a risco.

A alta foi sustentada pela decepção com o relatório de emprego dos Estados Unidos, que mostrou criação de apenas 18 mil postos de trabalho no país em junho --20 por cento do que era esperado. O mercado teme que a principal economia do mundo perca sustentação justamente no momento em que o Federal Reserve interrompe seu programa de estímulo.

No Brasil, a alta foi acelerada pela intervenção do Banco Central, que pela primeira vez desde março fez um leilão de swap cambial reverso sem o objetivo de rolar contratos em vencimento. Além da operação, que funciona como uma compra no mercado futuro, o BC fez dois leilões no mercado à vista.

O swap cambial reverso é um derivativo com efeito equivalente a uma compra de dólar futuro pelo BC.

Os leilões dos últimos meses, em vez de acrescentar papéis no mercado, tinham o objetivo de rolar contratos em vencimento.

Aposta recorde de estrangeiros no futuro - O A atuação busca aliviar parte da oferta de dólares no mercado futuro, em que os investidores estrangeiros acumulam posições vendidas de mais de 24 bilhões de dólares. Essas posições servem como uma aposta a favor da queda do dólar e têm sido responsáveis, em parte, pela queda da moeda norte-americana aos menores níveis desde 1999.

O leilão, porém, repetiu o resultado das últimas operações e não teve colocação integral dos swaps. De acordo com operadores, o consenso de mercado era por taxas de juros próximas a 3,2 por cento, mas o BC somente aceitou pagar cerca de 2,8 por cento.

"Se ele 'raspa' a qualquer taxa, nos próximos o mercado ia abusar", disse o operador de derivativos de uma corretora, que preferiu não ser identificado.

O rumo do dólar na próxima semana depende da reunião sobre o limite da dívida dos Estados Unidos, que acontece no domingo com o presidente Barack Obama e as principais lideranças do Congresso. O prazo para que o limite seja elevado e o país não entre em moratória é 2 de agosto.

"Se entrarem num acordo, o mercado pode ser diferente na segunda-feira, pode voltar ao modo de melhora de ontem. Daí, o que acontece com o dólar? O Banco Central pode ter uma resistência maior (para tentar frear a valorização do real). Porque hoje ele não teve resistência, o mercado estava do lado dele", disse Alfredo Barbutti, economista da BGC Liquidez.

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São Paulo - O dólar subiu frente ao real e se afastou das mínimas em 12 anos nesta sexta-feira. A valorização global da moeda norte-americana comandou os negócios no Brasil, em um dia de intervenção também mais firme do Banco Central.

O dólar subiu 0,51 por cento no mercado à vista, a 1,565 real para venda. A taxa Ptax, usada como referência em contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5634 real para venda, em alta de 0,34 por cento.

Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar subia 0,28 por cento às 16h30, com valorização principalmente sobre o euro em meio à aversão a risco.

A alta foi sustentada pela decepção com o relatório de emprego dos Estados Unidos, que mostrou criação de apenas 18 mil postos de trabalho no país em junho --20 por cento do que era esperado. O mercado teme que a principal economia do mundo perca sustentação justamente no momento em que o Federal Reserve interrompe seu programa de estímulo.

No Brasil, a alta foi acelerada pela intervenção do Banco Central, que pela primeira vez desde março fez um leilão de swap cambial reverso sem o objetivo de rolar contratos em vencimento. Além da operação, que funciona como uma compra no mercado futuro, o BC fez dois leilões no mercado à vista.

O swap cambial reverso é um derivativo com efeito equivalente a uma compra de dólar futuro pelo BC.

Os leilões dos últimos meses, em vez de acrescentar papéis no mercado, tinham o objetivo de rolar contratos em vencimento.

Aposta recorde de estrangeiros no futuro - O A atuação busca aliviar parte da oferta de dólares no mercado futuro, em que os investidores estrangeiros acumulam posições vendidas de mais de 24 bilhões de dólares. Essas posições servem como uma aposta a favor da queda do dólar e têm sido responsáveis, em parte, pela queda da moeda norte-americana aos menores níveis desde 1999.

O leilão, porém, repetiu o resultado das últimas operações e não teve colocação integral dos swaps. De acordo com operadores, o consenso de mercado era por taxas de juros próximas a 3,2 por cento, mas o BC somente aceitou pagar cerca de 2,8 por cento.

"Se ele 'raspa' a qualquer taxa, nos próximos o mercado ia abusar", disse o operador de derivativos de uma corretora, que preferiu não ser identificado.

O rumo do dólar na próxima semana depende da reunião sobre o limite da dívida dos Estados Unidos, que acontece no domingo com o presidente Barack Obama e as principais lideranças do Congresso. O prazo para que o limite seja elevado e o país não entre em moratória é 2 de agosto.

"Se entrarem num acordo, o mercado pode ser diferente na segunda-feira, pode voltar ao modo de melhora de ontem. Daí, o que acontece com o dólar? O Banco Central pode ter uma resistência maior (para tentar frear a valorização do real). Porque hoje ele não teve resistência, o mercado estava do lado dele", disse Alfredo Barbutti, economista da BGC Liquidez.

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