Exame Logo

BB prevê menos custos com calotes e rentabilidade maior

"O Banco do Brasil retomará um nível de rentabilidade compatível com o de nossos pares privados", disse o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli

Banco do Brasil: "O BB retomará um nível de rentabilidade compatível com o de nossos pares privados", disse o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli (Adriano Machado/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 15h36.

São Paulo - As ações do Banco do Brasil subiam forte nesta quinta-feira, com o banco dando indicações de que vai seguir o movimento dos rivais privados para ampliar a rentabilidade e reduzir provisões para inadimplência, mesmo após divulgar resultado trimestral fraco.

Às 15:21, a ação do maior banco do país avançava 4,79 por cento, maior alta do Ibovespa, que tinha valorização de 1,94 por cento.

"O Banco do Brasil retomará um nível de rentabilidade compatível com o de nossos pares privados", disse a jornalistas o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli, explicando que isso será feito por meio de mais participação de receitas com tarifas, controle de custos e dos níveis de inadimplência.

Mais cedo, o BB anunciou que seu lucro líquido do segundo trimestre teve queda de 18 por cento, impactado por maiores provisões para perdas esperadas com calotes, após um repique do índice de atrasos acima de 90 dias.

Para Caffarelli, tanto o aumento da inadimplência quanto das provisões tiveram impacto de um caso corporativo específico que não deve se repetir nos próximos trimestres, especialmente porque o banco tem sido mais conservador na política de provisionamentos.

Embora o BB tenha evitado apontar nomes de empresas, analistas citaram como prováveis responsáveis pela alta da inadimplência a afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil e a operadora de telecomunicações Oi, que pediram recuperação judicial nos últimos meses.

De forma geral, a avaliação dos analistas foi majoritariamente negativa sobre o balanço do BB no trimestre.

"A principal preocupação para o Banco do Brasil continua sendo a qualidade dos ativos. Sem uma reserva extra para provisões, o BB fica vulnerável a nova deterioração na qualidade da carteira", afirmou Philip Finch, do UBS, que manteve recomendação de venda para a ação banco.

No entanto, os analistas consideraram positivos o aumento da previsão de receitas com margem financeira, mesmo reduzindo a estimativa para expansão do estoque de crédito, o que foi interpretado como sinal de que o banco vai continuar repassando juros maiores a clientes.

"Os resultados mostraram alguns sinais positivos, como aumento das margens de crédito, aumento das receitas com tarifas e avanço dos custos administrativos em ritmo inferior ao da inflação", afirmou a equipe liderada por Eduardo Nishio, do Brasil Plural.

Banco Postal x Exterior

Caffarelli disse também que o banco tem interesse em renovar um acordo com os Correios para operar o correspondente bancário Banco Postal. O contrato vence neste ano e o banco quer renová-lo com condições mais favoráveis para si.

O executivo disse também que o BB não planeja se desfazer de mais ativos por enquanto, além do já anunciado plano de vender participação no argentino Banco Patagonia. "Não tem mais nada na prancheta agora", disse.

Dado o foco em rentabilizar a operação do banco no país, o BB não deve fazer movimentos de expansão internacional por enquanto, disse.

Veja também

São Paulo - As ações do Banco do Brasil subiam forte nesta quinta-feira, com o banco dando indicações de que vai seguir o movimento dos rivais privados para ampliar a rentabilidade e reduzir provisões para inadimplência, mesmo após divulgar resultado trimestral fraco.

Às 15:21, a ação do maior banco do país avançava 4,79 por cento, maior alta do Ibovespa, que tinha valorização de 1,94 por cento.

"O Banco do Brasil retomará um nível de rentabilidade compatível com o de nossos pares privados", disse a jornalistas o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli, explicando que isso será feito por meio de mais participação de receitas com tarifas, controle de custos e dos níveis de inadimplência.

Mais cedo, o BB anunciou que seu lucro líquido do segundo trimestre teve queda de 18 por cento, impactado por maiores provisões para perdas esperadas com calotes, após um repique do índice de atrasos acima de 90 dias.

Para Caffarelli, tanto o aumento da inadimplência quanto das provisões tiveram impacto de um caso corporativo específico que não deve se repetir nos próximos trimestres, especialmente porque o banco tem sido mais conservador na política de provisionamentos.

Embora o BB tenha evitado apontar nomes de empresas, analistas citaram como prováveis responsáveis pela alta da inadimplência a afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil e a operadora de telecomunicações Oi, que pediram recuperação judicial nos últimos meses.

De forma geral, a avaliação dos analistas foi majoritariamente negativa sobre o balanço do BB no trimestre.

"A principal preocupação para o Banco do Brasil continua sendo a qualidade dos ativos. Sem uma reserva extra para provisões, o BB fica vulnerável a nova deterioração na qualidade da carteira", afirmou Philip Finch, do UBS, que manteve recomendação de venda para a ação banco.

No entanto, os analistas consideraram positivos o aumento da previsão de receitas com margem financeira, mesmo reduzindo a estimativa para expansão do estoque de crédito, o que foi interpretado como sinal de que o banco vai continuar repassando juros maiores a clientes.

"Os resultados mostraram alguns sinais positivos, como aumento das margens de crédito, aumento das receitas com tarifas e avanço dos custos administrativos em ritmo inferior ao da inflação", afirmou a equipe liderada por Eduardo Nishio, do Brasil Plural.

Banco Postal x Exterior

Caffarelli disse também que o banco tem interesse em renovar um acordo com os Correios para operar o correspondente bancário Banco Postal. O contrato vence neste ano e o banco quer renová-lo com condições mais favoráveis para si.

O executivo disse também que o BB não planeja se desfazer de mais ativos por enquanto, além do já anunciado plano de vender participação no argentino Banco Patagonia. "Não tem mais nada na prancheta agora", disse.

Dado o foco em rentabilizar a operação do banco no país, o BB não deve fazer movimentos de expansão internacional por enquanto, disse.

Acompanhe tudo sobre:BancosBB – Banco do BrasilCaloteEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasgestao-de-negociosInadimplênciaRentabilidade

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame