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BB e UBS buscam formar joint venture para criar banco de investimentos

O objetivo da parceria é combinar a base de relacionamento do BB no país com as estruturas globais de execução e distribuição do UBS

Banco do Brasil: parceria da instituição com a UBS criará joint venture para atuar nas áreas de banco de investimento e corretora de valores (Paulo Whitaker/Reuters)

Banco do Brasil: parceria da instituição com a UBS criará joint venture para atuar nas áreas de banco de investimento e corretora de valores (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 20h53.

O Banco do Brasil e o UBS assinaram nesta segunda-feira (23) memorando de entendimentos de caráter não vinculante para a constituição de uma joint venture para atuar nas áreas de banco de investimento e corretora de valores no segmento institucional na América do Sul, conforme adiantou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Na mira dos eventuais sócios, que conversam desde o ano passado, estão os mercados do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

O objetivo da parceria, conforme fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é combinar a base de relacionamento do BB no país com as estruturas globais de execução e distribuição do UBS. A intenção é que o sócio suíço seja acionista majoritário, com 50,01% do negócio, que reunirá os ativos de ambos os bancos, conforme os termos e condições a serem definidos em acordo de associação, em discussão. Números, contudo, ainda não foram divulgados.

"BB e UBS entendem que a formação de uma parceria estratégica de longo prazo criaria,na região, uma plataforma relevante de banco de investimentos com cobertura global, que se beneficiaria dos pontos fortes complementares do BB e do UBS", destaca o BB, em fato relevante assinado pelo vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco, Carlos Hamilton Vasconcelos Araujo.

De acordo com o documento, o estabelecimento efetivo da parceria depende da finalização das negociações entre as partes, da formalização de eventuais instrumentos vinculantes, bem como das aprovações internas e de todos os órgãos e instâncias competentes.

O negócio entre BB e UBS começou a ser costurado ainda na gestão passada do banco público, mas foi interrompido em meio às eleições presidenciais no País, no fim de 2018. Na ocasião, outros bancos de investimento estrangeiros foram procurados para a escolha de um futuro parceiro.

Rubem Novaes, escolhido pelo ministro da economia, Paulo Guedes, para comandar o BB no governo de Jair Bolsonaro, acelerou as conversas com o UBS desde que assumiu a presidência do banco, em janeiro último. O namoro com o banco suíço, porém, vem de antes e teve início há, pelo menos, uma década.

Neste momento, BB e UBS negociam os detalhes da parceria. Dentre os assuntos na pauta, estaria, conforme revelou há dez dias a Coluna do Broadcast, a composição do quadro de funcionários da empresa a ser criada. Uma possibilidade é o UBS poder escolher colaboradores do BB para a joint venture.

Como o suíço será o sócio majoritário do negócio e definirá a política de cargos e salários para toda a equipe, os salários tendem a ser maiores que os pagos pelo banco público, o que tem gerado uma grande expectativa nos funcionários do BB. Eles poderiam, contudo, retornar à instituição a qualquer momento.

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