Negócios

Base de clientes do Itaú Unibanco é aposta da ConectCar

A base de correntistas do banco é uma das apostas da empresa de serviços de pagamento eletrônico de pedágio para ganhar fatia de mercado nos próximos anos


	Itaú Unibanco: "vemos uma oportunidade de ampliar a base de aceitação do serviço", disse executivo da ConectCar
 (Luísa Melo/Exame.com)

Itaú Unibanco: "vemos uma oportunidade de ampliar a base de aceitação do serviço", disse executivo da ConectCar (Luísa Melo/Exame.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 19h59.

São Paulo - A base de correntistas do Itaú Unibanco é uma das apostas da empresa de serviços de pagamento eletrônico de pedágio ConectCar para ganhar fatia de mercado nos próximos anos, segundo executivos que representam os sócios no negócio.

A instituição financeira, maior rede privada do país, anunciou na véspera a compra de 50 por cento que pertencia à Odebrecht Transport na ConectCar, a qual passou a ter governança compartilhada com o Grupo Ultra, dono da rede de postos de combustíveis Ipiranga.

"Vemos uma oportunidade de ampliar a base de aceitação do serviço", disse nesta quinta-feira à Reuters Milton Maluhy Filho, presidente da Rede, braço de meios eletrônicos de pagamento do Itaú Unibanco. "Pode criar valor agregado para o cliente do Itaú." Com cerca de 60 milhões de correntistas, segundo dados do Banco Central, o Itaú Unibanco tem a terceira maior rede de clientes no país.

Criada em 2012 da parceria entre Odebrecht e Ultra, a ConectCar tem hoje 510 mil usuários de seus dispositivos para abertura de cancelas de pedágio, ou cerca de nove por cento do mercado das chamadas "tags". É uma indústria que movimentou cerca de 15 bilhões de reais em 2014. A companhia compete com empresas como a Sem Parar, que tem entre os sócios o grupo de concessões de infraestrutura CCR.

"A parceria agora potencializa as perspectivas, por envolver um sócio especializado em meios eletrônicos de pagamento e com uma base bastante capilarizada", disse o diretor-superintendente da Ipiranga, Leocadio Antunes de Almeida Filho.

Uma das possíveis consequências da parceria pode ser a maior diversificação geográfica das receitas, que tem hoje cerca de 60 por cento oriunda das rodovias paulistas.

DIVERSIFICAÇÃO

O acordo reforça a busca das empresas de meios de pagamento por diversificação das receitas, no momento em que o mercado de cartões de crédito e de débito tem desacelerado, acompanhando a fraqueza econômica do país.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o mercado de cartões no Brasil cresceu 10,2 por cento no primeiro semestre, ante mesma etapa de 2014, apontando para o menor ritmo de crescimento em pelo menos 8 anos.

A própria Rede (ex-Redecard), que teve o capital fechado pelo Itaú Unibanco em 2012, no ano passado anunciou a compra da maxiPago!, que autoriza pagamentos de transações online por intermédio de credenciadoras de cartões.

Por sua vez, a rival e líder do mercado Cielo anunciou em agosto investimento de 82,7 milhões de reais para ampliar a participação na Multidisplay, controladora da empresa de tecnologia para dispositivos móveis M4U.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasItaúItaúsa

Mais de Negócios

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Um acordo de R$ 110 milhões em Bauru: sócios da Ikatec compram participação em empresa de tecnologia

Por que uma rede de ursinho de pelúcia decidiu investir R$ 100 milhões num hotel temático em Gramado

Mais na Exame