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Barbassa vê risco maior de ajuste em função de corrupção

Diretor financeiro da Petrobras indicou que fará ajustes nos balanços de resultados trimestrais apenas em relação às investigações por corrupção


	CEO da Petrobras, Graça Foster, durante depoimento na CPI que investiga corrupção na estatal
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

CEO da Petrobras, Graça Foster, durante depoimento na CPI que investiga corrupção na estatal (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 13h09.

Rio - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, indicou que fará ajustes nos balanços de resultados trimestrais apenas em relação às investigações por corrupção.

O diretor também defendeu que o levantamento das informações, neste momento, é "o maior foco" da companhia.

"Superfaturamento apontado por TCU será considerado apenas se tiver relação com corrupção. Hoje o risco maior de ajuste é em função de corrupção", informou Barbassa durante a teleconferência de analise de resultados operacionais.

"Calculamos todo final de ano, particularmente, se o ativo não se recuperar a partir da expectativa de geração de caixa, aí gera o impairment. Outra coisa é o ajustamento decorrente das informações que estão sendo levantadas. Esse é o maior foco desse momento", completou.

Caixa

De acordo com Barbassa, a companhia tem "volumes muito elevados de caixa" que garantem à estatal uma operação por pelo menos seis meses "sem necessidade de acessar nenhum mercado de dívidas".

"Temos trabalhado com volumes muito elevados de caixa. E ele agora vem provar que é uma medida positiva porque nos dá um período bastante longo e superior até seis meses de operação sem necessidade de acessar nenhum mercado de dívidas", afirmou Barbassa.

Segundo ele, os recursos poderiam durar mais tempo, mas "tudo vai depender de novos elementos que a gente possa encontrar nessas investigações", completou.

"O nosso volume de disponibilidades é suficientemente elevado para nos dar o período que estimamos hoje como necessário para o relatório que precisamos produzir de forma a tornar todos os mercados de dívidas novamente franqueados para a Petrobras", completou.

Emissão de ações

Barbassa afirmou também que a diretoria da estatal não planeja estruturar uma nova operação de emissão de ações.

Em 2010, diante da necessidade da companhia em levantar recursos para reduzir o nível de endividamento e dar continuidade ao plano de investimento, a Petrobras realizou aquela que se tornou a maior capitalização da história do Brasil.

"A emissão de ações não está e não é parte de nosso plano", afirmou o executivo.

Em relação a eventuais emissões no mercado externo de dívida, o executivo alertou que a Petrobras só teria condições de fazê-lo após a divulgação do balanço auditado referente ao terceiro trimestre deste ano.

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