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Banrisul sugere que impeachment cria cenário positivo

O texto consta em um informativo que é distribuído mensalmente por e-mail a um grupo de clientes específico que têm investimentos com o banco

Banrisul: o texto provocou a revolta de petistas, que criticaram a conduta do banco - que é controlado pelo governo estadual (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 16h07.

Porto Alegre - Um boletim distribuído a clientes do Banrisul provocou revolta entre petistas do Rio Grande do Sul ao informar que a possibilidade de interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff cria atualmente um ambiente positivo para os negócios no Brasil.

O texto consta em um informativo que é distribuído mensalmente por e-mail a um grupo de clientes específico que têm investimentos com o banco.

"A cena política segue determinando o clima dos negócios. Desta vez, contudo, instalando um tom positivo frente ao avanço das investigações no âmbito da Operação Lava Jato e ao aumento das chances de uma interrupção do mandato presidencial", diz um trecho destacado na capa do informativo.

O texto provocou a revolta de petistas, que criticaram a conduta do banco - que é controlado pelo governo estadual.

A bancada do PT na Assembleia Legislativa do RS afirmou, inclusive, que cogita adotar medidas jurídicas para questionar o governo de José Ivo Sartori (PMDB) sobre o posicionamento adotado pela instituição financeira.

O deputado estadual Adão Villaverde (PT) postou a capa do boletim nas redes sociais e pediu explicações tanto para o governador quanto para o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, pela publicação.

Em mensagens postadas no Twitter, Villaverde disse que o Banrisul não pode usar este tipo de artifício. "Ou é desvio de finalidade ou aparelhamento", afirmou, citando os perfis de Sartori e de Feltes no microblog e exigindo providências.

"É crime utilizar o Banrisul para fazer apologia econômica com viés político, gera desinformação e dá visão distorcida. Esta conduta mina a credibilidade da instituição e leva à perda de clientes", complementou o deputado nas mensagens. Villaverde encerra afirmando que o partido irá tomar as medidas legais cabíveis.

O Banrisul ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a diretoria do banco se reuniu na manhã desta quinta-feira, 7, e que está definindo como irá atuar com relação ao caso.

Assim como outros agentes financeiros, o Banrisul se vale de informações de consultorias econômicas e usa essas informações para produzir os materiais que são distribuídos aos clientes.

De acordo com fontes do banco consultadas pela reportagem, o Banrisul reconhece que houve um erro de avaliação ao publicar as palavras em questão, já que a instituição não teria porque se manifestar sobre a operação Lava Jato nem sobre o processo de impeachment que está em curso.

"O que consta no boletim não é a posição do Banrisul. Aquela é uma avaliação do mercado financeiro, que o banco acabou replicando", resumiu um interlocutor, que pediu para não ser identificado.

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Porto Alegre - Um boletim distribuído a clientes do Banrisul provocou revolta entre petistas do Rio Grande do Sul ao informar que a possibilidade de interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff cria atualmente um ambiente positivo para os negócios no Brasil.

O texto consta em um informativo que é distribuído mensalmente por e-mail a um grupo de clientes específico que têm investimentos com o banco.

"A cena política segue determinando o clima dos negócios. Desta vez, contudo, instalando um tom positivo frente ao avanço das investigações no âmbito da Operação Lava Jato e ao aumento das chances de uma interrupção do mandato presidencial", diz um trecho destacado na capa do informativo.

O texto provocou a revolta de petistas, que criticaram a conduta do banco - que é controlado pelo governo estadual.

A bancada do PT na Assembleia Legislativa do RS afirmou, inclusive, que cogita adotar medidas jurídicas para questionar o governo de José Ivo Sartori (PMDB) sobre o posicionamento adotado pela instituição financeira.

O deputado estadual Adão Villaverde (PT) postou a capa do boletim nas redes sociais e pediu explicações tanto para o governador quanto para o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, pela publicação.

Em mensagens postadas no Twitter, Villaverde disse que o Banrisul não pode usar este tipo de artifício. "Ou é desvio de finalidade ou aparelhamento", afirmou, citando os perfis de Sartori e de Feltes no microblog e exigindo providências.

"É crime utilizar o Banrisul para fazer apologia econômica com viés político, gera desinformação e dá visão distorcida. Esta conduta mina a credibilidade da instituição e leva à perda de clientes", complementou o deputado nas mensagens. Villaverde encerra afirmando que o partido irá tomar as medidas legais cabíveis.

O Banrisul ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a diretoria do banco se reuniu na manhã desta quinta-feira, 7, e que está definindo como irá atuar com relação ao caso.

Assim como outros agentes financeiros, o Banrisul se vale de informações de consultorias econômicas e usa essas informações para produzir os materiais que são distribuídos aos clientes.

De acordo com fontes do banco consultadas pela reportagem, o Banrisul reconhece que houve um erro de avaliação ao publicar as palavras em questão, já que a instituição não teria porque se manifestar sobre a operação Lava Jato nem sobre o processo de impeachment que está em curso.

"O que consta no boletim não é a posição do Banrisul. Aquela é uma avaliação do mercado financeiro, que o banco acabou replicando", resumiu um interlocutor, que pediu para não ser identificado.

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