Bandeira suíça diante de agência do banco UBS em Berna: expansão para a América Latina (Fabrice Coffrini/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2012 às 19h53.
São Paulo - Bancos privados suíços tentam criar raízes na América Latina depois que, com tarifas mais reduzidas e juros mais altos oferecidos por gestores locais, os super ricos deixaram de viajar para Genebra e Zurique.
Oportunidades mais vantajosas de investimento estão tornando o private banking um “jogo doméstico” no Brasil e a proporção de fortunas enviadas para administração no exterior caiu para até 5 por cento do total, disse João Albino Winkelmann, diretor do Banco Bradesco SA.
“Muita gente costumava guardar dinheiro em Genebra, mas isso não acontece mais”, disse Winkelmann, que ajuda a administrar US$ 31 bilhões em ativos de clientes. “Muito poucos brasileiros estão mandando dinheiro para fora.”
Isso está mudando uma relação que começou no século XIX, quando bancos suíços guardavam fortunas de magnatas dos setores agrícola e de mineração. UBS AG, Credit Suisse Group AG e outros bancos suíços estão sendo obrigados a tentar aquisições já que o mercado de administração de fortunas da América Latina, hoje em US$ 3,5 trilhões, deve crescer mais de 50 por cento até 2016, segundo o Boston Consulting Group.
“As pessoas estão ficando cada vez mais ricas”, disse Gustavo Raitzin, que comanda o Julius Baer Group Ltd na América Latina. “Uma classe emergente de consumidores quer fazer investimentos líquidos e precisa de bancos e gestores de recursos, principalmente no Brasil.”