O Banco Rural obteve um lucro líquido de 60 milhões de reais nos primeiros seis meses do ano, 28,42% superior aos 47 milhões do primeiro semestre do ano passado. A direção do banco mineiro atribui o resultado à atuação em segmentos como as empresas médias e pequenas, com faturamento de até 200 mil reais por mês, e o agribusiness - que concentra 40% de sua carteira de crédito .

Tanto é assim que o banco, que completa 40 anos em outubro, quer ampliar para 50% sua carteira voltada ao agronegócio até o final do ano. "O setor vai continuar sendo o carro-chefe da economia brasileira", afirma José Roberto Salgado, vice-presidente operacional. Salgado menciona parcerias com armazéns gerais, empresas de logística e monitoramento de campo pelas quais é possível alcançar clientes menores com baixo risco de crédito.

Quanto às pequenas empresas, o executivo destaca a dependência deste tipo de negócio de seus próprios fornecedores e das firmas de factoring. "As empresas de pequeno porte não estão bancarizadas", afirma. Para conquistá-las sem arriscar-se demais, a estratégia do Rural é qualificar seus gerentes. "Neste caso o conhecimento profundo é mais importante do que balanços."

Resultados

Ativos de 7,6 bilhões de reais e depósitos de 4,5 bilhões apresentaram, respectivamente, avanços de 44,12% e 39,98%, tomando-se como referência o primeiro semestre de 2003. No ranking do BC o Rural é a 7ª maior instituição privada nacional em ativos e a 5ª em depósitos totais.

No mesmo tipo de comparação de períodos, as operações de crédito cresceram 52,65%, para 4,5 bilhões de reais, e o patrimônio líquido avançou 13,57%, para 636,1 milhões de reais. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido chegou a 19,86%, ante 16,8% no ano passado.