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Plano de negócios do Banco Postal segue em estudo

Banco passará a atuar como instituição financeira e com uma carteira ampliada de produtos

O Banco do Brasil (BB) e os Correios inauguram agência do órgão postal no edifício sede do BB (Elza Fiuza/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 19h11.

São Paulo - O novo modelo do Banco Postal , que passará a atuar como instituição financeira e com uma carteira ampliada de produtos, continua em fase de estudo de viabilidade, com conclusão prevista ainda neste segundo semestre, disse o coordenador do Banco Postal, Virgilio Brilhante Sirimarco, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

"Estamos trabalhando para isso e é a nossa expectativa", disse. Havia anteriormente previsão de que o plano fosse apresentado no primeiro semestre.

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Segundo Sirimarco, o relativo atraso na conclusão de tal plano está relacionado à sua complexidade, por envolver agências de uma rede de 6,5 mil municípios.

O gerente-executivo do Programa Parceria Banco Postal - Banco do Brasil, Carlos Eduardo Arlotta de Ocariz, acrescentou que o projeto é pautado pela simplicidade, dado que um dos objetivos, além do comercial, é a inclusão financeira.

Ocariz não quis, entretanto, adiantar detalhes.

Sobre a possibilidade da implantação de ATMs nos pontos de atendimento do Banco Postal, ambos executivos lembraram que o uso de terminais e da internet é hoje imprescindível, mas afirmaram que não há nada definido nesse sentido.

Durante a apresentação feita no VI Congresso Latino-Americano de Inclusão Financeira, que acontece hoje e amanhã em São Paulo, Ocariz disse que o modelo do novo Banco Postal é inédito na América Latina.

"Já existe no Japão e em alguns países da Europa, mas é inédito na América Latina", afirmou. O executivo do BB está há 60 dias nessa operação.

Sirimarco, por sua vez, afirmou em sua apresentação, que o maior desafio para o Banco Postal está relacionado aos seus funcionários.

De acordo com ele, atualmente os Correios têm 26 mil atendentes de caixa envolvidos em operações bancárias, que correspondem a 25% das atividades dos Correios.

"Os trabalhadores dos Correios querem ter o turno de seis horas como os bancários. Há várias ações na Justiça, mas temos tido sucesso, mostrando que as agências dos Correios são correspondentes bancários", disse.

Ocariz disse ainda, na apresentação, que o Banco Postal acelera em sete a oito anos a estratégia definida pelo Banco do Brasil de estar presente em 100% dos municípios brasileiros.

"Hoje o Banco do Brasil está presente em 3,4 mil municípios e olhando para o Banco Postal, passaremos a estar presentes em 6,5 mil, correspondendo a 99,25% dos municípios brasileiros", afirmou.

O BB passou a operar o Banco Postal em 2012, quando venceu o Bradesco em leilão dos Correios.

Nesse mesmo ano, os Correios obtiveram autorização para estabelecer parcerias com outras empresas ou instituições, o que resultou nesse acordo junto ao BB para transformar o Banco Postal em instituição financeira independente.

Em maio, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a ampliação dos serviços do Banco Postal.

A conclusão do acordo depende agora do fechamento do plano de negócios entre o BB e os Correios, que será apresentado para aprovação do Banco Central.

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