Banco do Brasil estuda compra de agências nos Estados Unidos
A intenção é exportar para os EUA o modelo de operação mantido pelo BB no Japão
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - O Banco do Brasil (BB) quer aumentar o número de correntistas pessoas físicas e, para isso, vai investir na compra de instituições financeiras dos Estados Unidos. A informação foi dada hoje (13) pelo vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado, Allan Simões Toledo.
Segundo ele, atualmente, existem cerca de 500 instituições à venda nos Estados Unidos, o que abre oportunidades para amentar a base de clientes, atendendo à maior comunidade brasileira fora do país - 1,4 milhão de pessoas. Hoje, há apenas duas agências do Banco do Brasil nos Estados Unidos, uma em Nova York e outra, em Miami.
A intenção é exportar o modelo de operação mantido pelo BB no Japão, onde a instituição tem sete agências. Ele revelou que o Japão tem o terceiro maior grupo de brasileiros fora do país - 370 mil. Desse total, 170 mil são clientes do banco brasileiro.
No mês passado, o BB comprou o Banco da Patagônia, da Argentina, com atuação direcionada ao atendimento de empresas. Segundo Toledo, o negócio já foi totalmente concluído, faltando apenas os trâmites legais dos órgãos reguladores, o Banco Central da República Argentina e o Banco Central do Brasil. Nessa operação, o BB passou a deter 51% do capital social e votante em circulação do banco argentino, desembolsando US$ 479,6 milhões para o pagamento das ações.
A instituição que acaba de ser incorporada tem 154 agências, o que será adequado para atender as 400 empresas brasileiras instaladas na Argentina. "Poderemos executar movimentações como fornecer crédito, capital de giro, transações para a folha de pagamento, cobranças, recebimentos etc", explicou.
O BB divulgou hoje (13) seu desempenho financeiro do primeiro trimestre. O lucro foi de R$ 2,4 bilhões, 41% maior que o do mesmo período do ano passado. Entre os destaques do desempenho, estão as operações de concessão de crédito à pessoa física, com alta de 55,5% em 12 meses e de 3,6% no primeiro trimestre.