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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Desde dezembro de 2008 - quando iniciou suas operações -, a Azul vem crescendo constantemente e, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), registrou participação de 3,7% nos vôos domésticos em abril. A empresa foi a única a apresentar crescimento no mês passado, o que mostra que sua estratégia de voos regionais a preços reduzidos está dando certo.
A participação de mercado das gigantes do setor teve queda. A Gol passou de 39,47% em março para 38,77% em abril e a TAM, de 49,30% para 49,20%. Entre as menores não foi diferente. A OceanAir caiu de 3,06% para 2,77%, a Trip de 1,33% para 1,25% e a Webjet de 3,89% para 3,70%.
A taxa de passageiros transportados pela Gol caiu 14,8% em comparação a abril do ano passado. A TAM teve desempenho melhor. A líder de mercado cresceu 6,5% em comparação ao mesmo período.
Ainda pequena, a companhia do americano nascido no Brasil David Neeleman - criador da JetBlue - também apresentou bons resultados sobre a taxa de ocupação: 77% de assentos ocupados em abril. As líderes TAM e Gol, por exemplo, atingiram 64,1% e 60% respectivamente contra 63% da média do mercado.
Nos vôos internacionais, TAM apresentou crescimento de 23,2% em relação a abril de 2008 e a Gol teve queda de 47,7%, reflexo da diminuição de capacidade com o abandono de antigas rotas da Varig.
Às 11h11, as ações preferenciais da TAM (TAMM4 sem direito a voto) registravam alta de 1,38% com papéis negociados a 19,10 reais. Os papéis da GOL (GOLL4) também tinham bom desempenho - alta de 3,75%, negociados a 9,13 reais. No mesmo instante a Bovespa atingia os 49,327.10, uma queda de 0,24%.
O bom resultado da Gol no pregão desta sexta-feira, porém, é reflexo do balanço do primeiro trimestre divulgado na noite de quinta. A companhia apresentou lucro líquido de 61,4 milhões, ante um prejuízo líquido de 20,5 milhões de reais em comparação ao mesmo período do ano passado. Desde o quatro trimestre de 2007 a empresa não registrava lucro. O resultado positivo é reflexo do reposicionamento estratégico da companhia, que passou a focar suas operações no mercado doméstico e na América do Sul. A Gol foi beneficiada pela queda nos preços dos combustíveis, que fizeram suas despesas totais caírem 9,2% em doze meses.
Em contrapartida, a combinação de menor atividade econômica com perda de participação de mercado para as concorrentes, fez a receita líquida da segunda maior companhia aérea do Brasil recuar 5,4 por cento, para 1,52 bilhão de reais.