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Lucro líquido da Azul fica em R$ 238,3 mi

A receita líquida, ajustada para o impacto da greve dos caminhoneiros, cresceu 20,5% ante um ano antes, para R$ 2,069 bilhões

Azul: desempenho na receita reflete, segundo a empresa, o fortalecimento da demanda, o aumento em receitas auxiliares e a expansão de 18,6% de capacidade (Leonardo Benassatto/Reuters)

Azul: desempenho na receita reflete, segundo a empresa, o fortalecimento da demanda, o aumento em receitas auxiliares e a expansão de 18,6% de capacidade (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 09h51.

Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 15h00.

São Paulo - A companhia aérea Azul registrou um lucro líquido ajustado de R$ 238,3 milhões no segundo trimestre de 2018, revertendo o prejuízo de R$ 38,6 milhões registrado em igual período do ano passado.

O valor desconsidera itens não recorrentes contabilizados no balanço deste trimestre, no valor de R$ 283,3 milhões. Um deles é o impacto operacional da greve dos caminhoneiros no resultado da Azul, que foi de R$ 57 milhões, sendo uma perda de R$ 51,2 milhões em receita e um aumento de R$ 5,8 milhões nas despesas, registradas em outras despesas operacionais.

Já o outro evento não recorrente é a despesa de R$ 226,3 milhões relacionada à venda de seis E-Jets, principalmente devido à diferença não-caixa entre o preço de venda dessas aeronaves e seu valor contábil registrado. O valor também inclui uma provisão para despesas de manutenção que a empresa espera incorrer para devolver os jatos. "Embora tenhamos registrado uma perda contábil associada à venda dos E-Jets, o preço de venda dessas aeronaves foi maior do que a dívida em aberto, resultando em uma geração de caixa", acrescenta a Azul, em relatório que acompanha o balanço.

Considerando esses itens, a companhia teria reportado um prejuízo líquido de R$ 45,0 milhões no período.

De abril a junho, o Ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) ajustado somou R$ 521,4 milhões, um crescimento de 10,9% ante igual intervalo de 2017, com margem Ebitdar ajustada de 25,2%, 2,2 pontos porcentuais menor na comparação anual.

Incluídos no cálculo os efeitos não recorrentes do trimestre, o Ebitda teria ficado em R$ 238,1 milhões.

O resultado operacional (Ebit) ajustado atingiu R$ 75,8 milhões, uma queda de 23,3% no comparativo anual. A margem Ebit alcançou 3,7%, queda de 2,1 pontos porcentuais ante o segundo trimestre de 2017 devido à depreciação de 12,2% do real e ao aumento de 20,2% do preço do combustível, diz a Azul.

A receita líquida, ajustada para o impacto da greve dos caminhoneiros, cresceu 20,5% ante um ano antes, para R$ 2,069 bilhões. Esse desempenho reflete, segundo a empresa, o fortalecimento da demanda, o aumento em receitas auxiliares e a expansão de 18,6% de capacidade.

Por fim, a companhia mostrou um ganho financeiro líquido de R$ 65,7 milhões no trimestre, comparado a uma despesa financeira líquida de R$ 158,3 milhões entre abril e junho de 2017.

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