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Azul refaz planos diante de demanda fraca e dólar em alta

A empresa deve voar menos horas por aeronave e antecipar a devolução de aviões ATR e Embraer em leasing para aumentar a taxa de ocupação

Aviões da Azul: a empresa deve voar menos horas por aeronave (.)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 14h57.

Campinas - A Azul deve ter crescimento de pouco menos de 4 por cento na oferta neste ano, embora tenha capacidade em aeronaves para crescer 15 por cento, disse o presidente da companhia aérea , Antonoaldo Neves, em meio ao cenário desafiador criado pelas crises econômica e política do país.

A empresa deve voar menos horas por aeronave e antecipar a devolução de aviões ATR e Embraer em leasing para aumentar a taxa de ocupação.

"Hoje a frota está estável. Ainda não diminuímos, mas tínhamos previsão de crescer", disse o executivo a jornalistas nesta quinta-feira.

O indicador que mede preços de passagens, o yield, continua em "estado de atenção" no Brasil. A Azul vê recuperação moderada no segundo semestre, mas com cautela, tendo em vista a base de comparação fraca do ano passado.

Na operação internacional, a Azul suspendeu planos de voar para Nova York e não tem planos de lançar novos voos no momento, com a alta do dólar e a fraqueza da demanda pesando sobre a lucratividade.

Neves disse que a passagem de ida e volta para os Estados Unidos custa agora a partir de 400 dólares, podendo chegar a 350 com promoções. Isso se compara a cerca de 800 dólares quase um ano atrás -- a Azul começou a realizar voos para o país em dezembro de 2014.

"A demanda está mais fraca... (A operação internacional) mal está lucrativa. Agosto não foi lucrativo, dezembro e janeiro, alta temporada, esperamos que seja. Novembro deve ficar em break even (equilíbrio entre receitas e despesas)", disse Neves nesta em evento para apresentar a remodelagem interna das aeronaves Airbus A330.

No plano de negócios da Azul, a empresa esperava ter lucratividade para a operação internacional um ano depois do seu início, o que a alta do dólar vem dificultando.

"São preços (de passagens) muito difíceis de sustentar em uma operação de longo prazo", afirmou o presidente da aérea, a terceira maior do Brasil.

Desde o início do ano, o dólar acumula valorização de 46 por cento sobre o real, o que tem dificultado a operação das empresas aéreas por conta do elevado peso da moeda estrangeira sobre a base de custos do setor.

No final de setembro, a associação que representa a indústria, Abear, enviou ao governo pacote de propostas para ajudar o setor a reduzir custos com impostos e combustível.

O voo para Nova York, previsto para abril de 2016, talvez seja lançado em julho.

"Estou com esperança", disse Neves.Ele ressalvou que a Azul fechou o segundo trimestre com o maior caixa de sua história, tendo grande solidez financeira. "Estamos trabalhando para cortar custos feito loucos."

A companhia possui sete jatos A330 dedicados às operações internacionais, frota cujo interior está sendo remodelado. O primeiro voo com a nova aeronave para Fort Lauderdale/Miami será na sexta-feira.

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Campinas - A Azul deve ter crescimento de pouco menos de 4 por cento na oferta neste ano, embora tenha capacidade em aeronaves para crescer 15 por cento, disse o presidente da companhia aérea , Antonoaldo Neves, em meio ao cenário desafiador criado pelas crises econômica e política do país.

A empresa deve voar menos horas por aeronave e antecipar a devolução de aviões ATR e Embraer em leasing para aumentar a taxa de ocupação.

"Hoje a frota está estável. Ainda não diminuímos, mas tínhamos previsão de crescer", disse o executivo a jornalistas nesta quinta-feira.

O indicador que mede preços de passagens, o yield, continua em "estado de atenção" no Brasil. A Azul vê recuperação moderada no segundo semestre, mas com cautela, tendo em vista a base de comparação fraca do ano passado.

Na operação internacional, a Azul suspendeu planos de voar para Nova York e não tem planos de lançar novos voos no momento, com a alta do dólar e a fraqueza da demanda pesando sobre a lucratividade.

Neves disse que a passagem de ida e volta para os Estados Unidos custa agora a partir de 400 dólares, podendo chegar a 350 com promoções. Isso se compara a cerca de 800 dólares quase um ano atrás -- a Azul começou a realizar voos para o país em dezembro de 2014.

"A demanda está mais fraca... (A operação internacional) mal está lucrativa. Agosto não foi lucrativo, dezembro e janeiro, alta temporada, esperamos que seja. Novembro deve ficar em break even (equilíbrio entre receitas e despesas)", disse Neves nesta em evento para apresentar a remodelagem interna das aeronaves Airbus A330.

No plano de negócios da Azul, a empresa esperava ter lucratividade para a operação internacional um ano depois do seu início, o que a alta do dólar vem dificultando.

"São preços (de passagens) muito difíceis de sustentar em uma operação de longo prazo", afirmou o presidente da aérea, a terceira maior do Brasil.

Desde o início do ano, o dólar acumula valorização de 46 por cento sobre o real, o que tem dificultado a operação das empresas aéreas por conta do elevado peso da moeda estrangeira sobre a base de custos do setor.

No final de setembro, a associação que representa a indústria, Abear, enviou ao governo pacote de propostas para ajudar o setor a reduzir custos com impostos e combustível.

O voo para Nova York, previsto para abril de 2016, talvez seja lançado em julho.

"Estou com esperança", disse Neves.Ele ressalvou que a Azul fechou o segundo trimestre com o maior caixa de sua história, tendo grande solidez financeira. "Estamos trabalhando para cortar custos feito loucos."

A companhia possui sete jatos A330 dedicados às operações internacionais, frota cujo interior está sendo remodelado. O primeiro voo com a nova aeronave para Fort Lauderdale/Miami será na sexta-feira.

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