Avião da companhia aérea Azul (Azul/Divulgação)
Reuters
Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 14h10.
Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 16h57.
São Paulo — A companhia aérea Azul planeja investir cerca de 6 bilhões de reais por ano nos próximos três anos, a medida que amplia rapidamente o número de destinos e o de aeronaves em operação, disse o presidente-executivo da companhia, John Rodgerson, nesta terça-feira.
"Vamos operar 31 novas aeronaves em 2020, e só nisso devemos investir cerca de 1,5 bilhão de dólares", disse Rodgerson a jornalistas. "Nos próximos dois a três anos, vamos investir 6 bilhões de reais por ano."
Atualmente com 143 aeronaves, a Azul pretende chegar a 170 jatos em 2023, à medida que amplia ano a ano o número de rotas domésticas e internacionais. Em 2019, foram 13 novas, para 237.
Além de expandir rotas na aviação regional, a companhia deve também ter novos destinos para o exterior, especialmente para a Europa, após a entrada em vigor de uma joint venture com a portuguesa TAP, prevista para se tornar operacional em meados do ano que vem. O negócio foi aprovado na véspera pelo conselho da Azul e agora será submetido a autoridades regulatórias.
Adicionalmente, a Azul negocia formar outra joint venture, esta com a United Airlines para o Brasil, o que poderia ser um acordo complementar a um já feito pela norte-americana com a Avianca Holdings para outros países da América Latina.
Mesmo antes disso, as frequências internacionais da Azul já devem crescer nos próximos meses, uma vez que a companhia planeja se aproveitar de um novo acordo entre Brasil e Argentina para ter até 36 viagens semanais entre os dois países.
A Azul ainda deve inaugurar no primeiro trimestre de 2020 um centro para manutenção de aeronaves em Campinas (SP). "Será o maior hangar da América Latina", disse Rodgerson.
Por fim, a Azul deve fazer investimentos específicos em estrutura para transporte de carga, diante da expectativa de crescentes receitas com o comércio eletrônico.
A Azul Cargo Express, braço da companhia no setor, assinou em agosto acordo com o Mercado Livre, parceria que hoje representa cerca de 10% das receitas do segmento. A unidade deve fechar 2019 com faturamento de 500 milhões de reais, um crescimento de cerca de 50% em relação ao ano anterior.