Negócios

Avon é condenada por forçar gerente a fazer dança sensual

Ex-funcionária teria sido obrigada vestir uma fantasia e dançar a música "Vida de Empreguete" durante uma convenção anual da empresa


	Avon: empresa ainda pode recorrer da decisão
 (Scott Eells/Bloomberg)

Avon: empresa ainda pode recorrer da decisão (Scott Eells/Bloomberg)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 15h31.

São Paulo - A Avon foi condenada a indenizar em 100 mil reais uma ex-funcionária que teria sido obrigada a participar de danças sensuais durante uma conferência para divulgar novos produtos e metas da companhia, em 2012.

A empresa ainda pode recorrer da decisão, tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT-CE).

De acordo com nota publicada no site oficial do órgão, uma testemunha relatou que a gerente de vendas foi forçada a vestir uma fantasia e dançar a música "Vida de Empreguete", trilha de uma novela exibida em 2012,  durante uma convenção anual.

"Obrigar a empregada a vestir-se com fantasias e participar de danças de cunho pejorativo na frente de todos é por demais censurável", considerou o desembargador-relator do processo,  Plauto Porto.

Além da indenização por dano moral, a ex-funcionária terá os valores que recebia como comissão incorporados ao salário para cálculos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo o TRT, a mulher começou a trabalhar para a Avon em 2008, como de promotora de vendas. Ainda naquele ano, ela foi promovida a gerente do setor, cargo no qual permaneceu até ser demitida em novembro de 2013.

A Avon entende que o caso "trata-se de uma decisão isolada" e reforça que "repudia incondicionalmente qualquer manifestação de assédio em todas as suas formas e está integralmente comprometida com valores como integridade, diversidade e respeito ao indivíduo". 

Acompanhe tudo sobre:Assédio moralAvonEmpresasEmpresas americanasgestao-de-negociosindustria-de-cosmeticosProcessos judiciais

Mais de Negócios

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

OPINIÃO: Na lama da tragédia, qual política devemos construir?

Mais na Exame