Negócios

Autoridades dos EUA processam Uber por falta de acessibilidade

Desde 2016, a companhia aplica uma penalidade econômica ao cliente quando o motorista espera mais de dois minutos no ponto de encontro definido com antecedência

Na denúncia, o Ministério Público indica que "muitos passageiros com mobilidade reduzida precisam de mais de dois minutos para entrar ou carregar seu veículo, por motivos diversos". (SOPA Images/Getty Images)

Na denúncia, o Ministério Público indica que "muitos passageiros com mobilidade reduzida precisam de mais de dois minutos para entrar ou carregar seu veículo, por motivos diversos". (SOPA Images/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 10 de novembro de 2021 às 20h29.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou uma ação contra a Uber em um tribunal federal da Califórnia por não adaptar seus serviços para pessoas com deficiência, que às vezes pagam mais pela viagem porque demoram mais para entrar no carro.

Desde 2016, a Uber aplica uma penalidade econômica ao cliente quando o motorista espera mais de dois minutos no ponto de encontro definido com antecedência (cinco minutos para clientes Uber Black ou SUV).

  • Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso.

Na denúncia, o Ministério Público indica que "muitos passageiros com mobilidade reduzida precisam de mais de dois minutos para entrar ou carregar seu veículo, por motivos diversos".

As autoridades mencionam cadeiras de rodas e andadores, "que devem ser dobrados e colocados no carro".

De acordo com os elementos citados pelo Ministério Público, o Uber reembolsa aos clientes com deficiência a multa que tiveram que pagar pela corrida, mas a plataforma também se recusou algumas vezes a atender a algumas demandas desse tipo.

Os motoristas não podem alterar os parâmetros da corrida e evitar que os clientes com mobilidade reduzida sejam penalizados.

Para o Departamento de Justiça, essas práticas fazem parte da violação da Lei dos Americanos com Deficiências (ADA, na sigla em inglês), que visa combater a discriminação contra esse grupo e foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 1990.

Em reação enviada à AFP por um porta-voz, a Uber afirmou que fez uma mudança "na semana passada" nesse sentido. "Agora, a cobrança extra (pelo tempo de espera) será suprimida para qualquer passageiro que ateste ter alguma deficiência", explicou a empresa.

A Uber nega que sua solução e a precificação violem a ADA e garante que "seguirá melhorando seus produtos para permitir que todos possam viajar facilmente para casa".

Acompanhe tudo sobre:DiversidadeEstados Unidos (EUA)Uber

Mais de Negócios

O retorno dos CDs e LPs? Lojas de música faturam R$ 14,7 milhões no e-commerce em 2024

Maternidade impulsiona empreendedorismo feminino, mas crédito continua desafio

Saiba como essa cabeleireira carioca criou o “Airbnb da beleza”

Eles saíram do zero para os R$ 300 milhões em apenas três anos