Ausente em feira de games, Nintendo é o assunto principal
A companhia japonesa, conservadora e imprevisível, surpreendeu a indústria por duas vezes nas últimas semanas
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2016 às 10h13.
Tóquio - A feira de videogames Tokyo Game Show realizada nesta semana é uma das maiores do setor mundo, mas em meio às conversas sobre realidade virtual e braços robóticos a discussão predominante é sobre a empresa que nunca aparece ao evento, a Nintendo .
A companhia japonesa, conservadora e imprevisível, surpreendeu a indústria por duas vezes nas últimas semanas: primeiro, com Pokémon GO, e, mais cedo neste mês, ao roubar o show na conferência da Apple sobre o lançamento do iPhone 7.
Lá, o mais conhecido criador de jogos da Nintendo, Shigeru Miyamoto, anunciou a primeira incursão do personagem Super Mario no mundo dos games para dispositivos móveis.
A aparição de Miyamoto no evento da Apple fez os jogadores em Tóquio interpretarem como um sinal de que os executivos dos espartanos escritórios da Nintendo em Kyoto podem estar finalmente indo atrás do tesouro representado pela união de personagens populares com a obsessão dos consumidores por celulares.
"Há bilhões de dólares sendo feitos em jogos para celulares e a Nintendo percebeu isso", disse Benjamin Outram, pesquisador da Universidade de Keio, que estava demonstrando óculos de realidade virtual e um traje vibratório de imersão na feira de jogos em Tóquio.
"A Nintendo é uma companhia de entretenimento, então ela irá para qualquer direção onde eles possam entreter."
A Nintendo tinha tradição de criar jogos apenas para seus consoles. Mas as vendas do Wii caíram de 100 milhões de aparelhos nos primeiros cinco anos de lançamento para 13 milhões nos últimos cinco. A companhia não se manifestou para esta reportagem.
Jogadores e desenvolvedores de jogos afirmam que Miyamoto, 63, frequentemente considerado como Walt Disney dos games, é peça fundamental para a mudança na Nintendo.
"Miyamoto não é um produtor de jogos convencional, ele quer criar entretenimento para famílias", disse Hirokazu Hamamura, diretor da produtora japonesa Kadokawa Dwango e comentarista de jogos que frequentemente se reúne como Miyamoto.
"Mario é a joia da coroa da Nintendo, então, se eles deixaram ele ir para outra plataforma significa que estão decididos." "Mesmo gente na Sony e a na Microsoft considera Miyamoto como uma divindade dos jogos", disse Hamamura.
Responsável por personagens como Mario, Zelda, Donkey Kong e outros, bem como pelo console Wii, Miyamoto começou sua carreira como um fabricante de bonecos que depois desenhou Donkey Kong e Mario em papel e entregou os trabalhos para engenheiros de computadores, segundo entrevistas à imprensa.
Ele ingressou na Nintendo em 1977, assim que a empresa mudou o foco de brinquedos para videogames.
Na feira de jogos de Tóquio deste ano, dominada por títulos de guerra e RPGs, o game Splatoon para o console Wii U, sobre personagens parecidos que esguicham tinta e brigam por território, venceu a competição de melhor título do evento.
A Nintendo, porém, não estava na feira.
"Essa é a característica da Nintendo", disse Masao Masutani, que ajuda a desenvolver software de jogos para a Sony. "Eles fazem o que eles querem e deixam os outros embarcarem no que criaram."
Tóquio - A feira de videogames Tokyo Game Show realizada nesta semana é uma das maiores do setor mundo, mas em meio às conversas sobre realidade virtual e braços robóticos a discussão predominante é sobre a empresa que nunca aparece ao evento, a Nintendo .
A companhia japonesa, conservadora e imprevisível, surpreendeu a indústria por duas vezes nas últimas semanas: primeiro, com Pokémon GO, e, mais cedo neste mês, ao roubar o show na conferência da Apple sobre o lançamento do iPhone 7.
Lá, o mais conhecido criador de jogos da Nintendo, Shigeru Miyamoto, anunciou a primeira incursão do personagem Super Mario no mundo dos games para dispositivos móveis.
A aparição de Miyamoto no evento da Apple fez os jogadores em Tóquio interpretarem como um sinal de que os executivos dos espartanos escritórios da Nintendo em Kyoto podem estar finalmente indo atrás do tesouro representado pela união de personagens populares com a obsessão dos consumidores por celulares.
"Há bilhões de dólares sendo feitos em jogos para celulares e a Nintendo percebeu isso", disse Benjamin Outram, pesquisador da Universidade de Keio, que estava demonstrando óculos de realidade virtual e um traje vibratório de imersão na feira de jogos em Tóquio.
"A Nintendo é uma companhia de entretenimento, então ela irá para qualquer direção onde eles possam entreter."
A Nintendo tinha tradição de criar jogos apenas para seus consoles. Mas as vendas do Wii caíram de 100 milhões de aparelhos nos primeiros cinco anos de lançamento para 13 milhões nos últimos cinco. A companhia não se manifestou para esta reportagem.
Jogadores e desenvolvedores de jogos afirmam que Miyamoto, 63, frequentemente considerado como Walt Disney dos games, é peça fundamental para a mudança na Nintendo.
"Miyamoto não é um produtor de jogos convencional, ele quer criar entretenimento para famílias", disse Hirokazu Hamamura, diretor da produtora japonesa Kadokawa Dwango e comentarista de jogos que frequentemente se reúne como Miyamoto.
"Mario é a joia da coroa da Nintendo, então, se eles deixaram ele ir para outra plataforma significa que estão decididos." "Mesmo gente na Sony e a na Microsoft considera Miyamoto como uma divindade dos jogos", disse Hamamura.
Responsável por personagens como Mario, Zelda, Donkey Kong e outros, bem como pelo console Wii, Miyamoto começou sua carreira como um fabricante de bonecos que depois desenhou Donkey Kong e Mario em papel e entregou os trabalhos para engenheiros de computadores, segundo entrevistas à imprensa.
Ele ingressou na Nintendo em 1977, assim que a empresa mudou o foco de brinquedos para videogames.
Na feira de jogos de Tóquio deste ano, dominada por títulos de guerra e RPGs, o game Splatoon para o console Wii U, sobre personagens parecidos que esguicham tinta e brigam por território, venceu a competição de melhor título do evento.
A Nintendo, porém, não estava na feira.
"Essa é a característica da Nintendo", disse Masao Masutani, que ajuda a desenvolver software de jogos para a Sony. "Eles fazem o que eles querem e deixam os outros embarcarem no que criaram."