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Aumento de até 63,7% das bandeiras de energia elétrica entra em vigor nesta sexta

Residências, pequenas indústrias e comércios são os mais afetados

Confira os valores das bandeiras reajustadas (mspoli/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Publicado em 1 de julho de 2022 às 06h00.

Última atualização em 1 de julho de 2022 às 08h36.

Entra em vigor nesta sexta-feira, 1º, a alta de até 63,7% no valor das bandeiras tarifárias de energia elétrica . O reajuste, acima dos valores colocados em consulta pública, foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ficará em vigor até junho de 2023.

O anúncio representa um aumento na conta de luz em momentos de dificuldade da geração de energia, quando as bandeiras tarifárias são ativadas por conta da falta de chuvas e reservatórios na capacidade mínima.

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As bandeiras impactam diretamente o fornecimento de energia ao consumidor cativo, que compram energia diretamente da distribuidora, como é o caso das residências, pequenas indústrias e comércios.

O maior impacto é no adicional pelas bandeiras vermelha patamar 1, que subiu de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido no mês, com reajuste de 63,7% e amarela, que passou de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) e quase 60% de alta.

A bandeira vermelha patamar 2 passa de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) no mês e 3,2% de aumento. E na bandeira verde não há cobrança extra de tarifa.

Para João Sanches, CEO da Trinity Energia, empresa que produz e comercializa energia, essa alta significativa já era esperada e a medida favorece a migração dos consumidores para o mercado livre, onde há melhores condições de contratação e menos encargos pelo mesmo serviço.

Apesar da alta, um estudo desenvolvido pela Trinity Energia, revela que o impacto desse reajuste poderá não ser sentido no bolso do consumidor este ano. O apontamento mostra a possível permanência da bandeira verde até pelo menos o fim de 2022 e sem acréscimos tarifários nas contas de energia.

“No início deste ano tivemos chuvas regulares em grande parte do país e isso impactou diretamente no nível dos reservatórios, que operam com boa capacidade. Medidas impostas para minimizar os efeitos da seca no ano anterior, também foram positivas e refletem o atual cenário hídrico”, diz João Sanches.

A única ressalva fica para a região Sul, que segue com irregularidades climáticas devido ao La Niña, podendo apresentar variações meteorológicas.

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