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Audi investirá R$ 10 milhões em postos de recarga de elétricos no Brasil

Serão 200 estações instaladas em parceria com a empresa de energia Engie até 2022

e-tron, SUV 100% elétrico da Audi, que chega ao Brasil em abril (Audi)

e-tron, SUV 100% elétrico da Audi, que chega ao Brasil em abril (Audi)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 12h34.

A Audi anunciou nesta quinta-feira, 20, um investimento de 10 milhões de reais para a instalação de 200 estações de recarga de veículos elétricos no Brasil até 2022. A decisão ocorre em meio ao avanço, ainda tímido, da oferta e das vendas no segmento. O projeto tem parceria com a empresa de energia Engie.

“A infraestrutura de recarga sempre aparece como um dos pontos de maior preocupação dos potenciais consumidores em pesquisas que realizamos sobre veículos elétricos", diz Johannes Roscheck, CEO da Audi do Brasil.

A quantidade de estações de recarga ainda é limitada para o tamanho do Brasil: são cerca de 250 a 300 unidades, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

De acordo com a Audi, o objetivo é instalar os 200 pontos de recarga em shoppings, academias, hotéis, clubes e restaurantes, locais que o cliente pode deixar o veículo carregando enquanto realiza outra atividade.

Além disso, a Audi criou um canal para que estabelecimentos indiquem interesse em receber a instalação de um ponto de recarga.

Do lado do fornecedor de energia está a Engie, que é uma potência na área. A companhia tem 75 mil pontos de recarga na Europa e nas Américas.

A montadora também confirmou a chegada ao país do e-tron, primeiro SUV 100% elétrico da marca, no próximo mês de abril. Produzido na fábrica de Bruxelas, na Bélgica, o modelo será ofertado no mercado brasileiro em duas versões, a partir de 459.990 reais (na modalidade venda direta, ou seja, para pessoas jurídicas).

Mercado incipiente

Apesar de diversas marcas terem anunciado, recentemente, a chegada de seus veículos elétricos ao Brasil, como a JAC e a Caoa Chery, a oferta no segmento segue tímida, quase irrisória em comparação ao número de modelos a combustão.

Isso porque os custos de produção ainda são altos. Por esse motivo, a indústria global está criando parcerias para poder desenvolver, com escala, modelos elétricos mais acessíveis. Entre os exemplos desse tipo de colaboração está a fusão da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) com a PSA Peugeot Citroën, anunciada no final do ano passado. Um dos grandes focos da nova empresa será o compartilhamento de tecnologias para o desenvolvimento do veículo do futuro.

A aliança entre a Volkswagen e a Ford é outro exemplo. Foi costurada para a troca de tecnologias, tendo como base a expertise da montadora alemã no desenvolvimento de carros elétricos e a força da americana no segmento de picapes.

Enquanto essas parcerias não rendem produtos mais acessíveis, a grande maioria dos brasileiros terá o veículo elétrico apenas como um sonho distante. Por aqui, modelos no segmento custam a partir de 120 mil reais, mesmo com a isenção total do imposto de importação (para 100% elétricos) e alíquota de até 7% para híbridos, dependendo do nível de eficiência energética.

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