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Quem são as gigantes da celulose que disputam a bilionária Fibria

A Fibria, que pertence ao grupo Votorantim, afirmou que recebeu as ofertas da brasileira Suzano e da multinacional Paper Excellence

fibria (Divulgação/Divulgação)

Karin Salomão

Publicado em 14 de março de 2018 às 15h00.

Última atualização em 14 de março de 2018 às 15h00.

São Paulo - Duas empresas competem pelo controle da brasileira Fibria: a também nacional Suzano Papel e Celulose e o grupo multinacional Paper Excellence.

As notícias sobre as ofertas ganharam o noticiário essa semana. A Suzano negocia há algum tempo a aquisição da concorrente e foi surpreendida pela oferta da companhia estrangeira, o que apimentou as negociações. A Fibria não dá detalhes sobre as conversas, e aparentemente está aberta às duas propostas.

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A companhia canadense, que chegou depois na disputa, faz parte de um grupo indonésio e holandês, fez uma oferta de 11,4 bilhões de dólares no início da semana, avaliando a Fibria em R$ 40 bilhões. Ainda inclui a cláusula de “break-up fee” (multa) de R$ 4 bilhões, caso as negociações não sigam adiante.

Já a Suzano fez uma oferta de 12 bilhões de dólares, ou R$ 70 por ação da Fibria. A Fibria afirmou que recebeu as ofertas, mas não confirmou os valores.

Quem são as companhias

A Suzano Papel e Celulose foi criada há 94 anos pela família Feffer - a gestão está nas mãos da terceira geração da família. Tem capital aberto, controlada pela Suzano Holding e pertencente ao Grupo Suzano.

Já a Paper Excellence é menos conhecida. Multinacional, ela é controlada pela família indonésia Widjaja, uma das mais ricas do país. Incorporada em 2008, tem atuação no Canadá e França. A família também é dona da Asia Pulp and Paper (APP).

Em setembro de 2017, a PE anunciou a compra da Eldorado Celulose, em transação avaliada em R$ 15 bilhões. A brasileira pertencia à J&F Investimentos, dos irmãos Batista e a aquisição será concluída até setembro.

A Fibria, companhia pela qual as duas disputam, é controlada pelo grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes, e pela BNDES Par, braço de investimentos do BNDES. O banco de fomento (com 29,08%) e a família Ermírio de Moraes (29,42%) são os principais acionistas da companhia.

Produção e resultados

A Paper Excellence tem capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de papel e celulose no Canadá e França. Ela não abre valores de faturamento ou lucro.

Já a Suzano vendeu 4,8 milhões de toneladas de papel celulose. Ela tem 1,2 milhão de hectares, dos quais 562 mil com florestas plantadas e 587 mil hectares de áreas de preservação. A companhia teve 10,6 bilhões de reais em receitas líquidas em 2017 e 1,8 bilhão de reais de lucro.

As vendas da Fibria foram de 6,2 milhões de toneladas de celulose em 2017, produzidas nos mais de 633 mil hectares de florestas plantadas da companhia. Ela tem ainda 364 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental e 59 mil hectares destinados a outros usos. A empresa obteve, de receita líquida, 11,74 bilhões de reais no ano passado e lucro de 1,01 bilhão de reais.

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