As mudanças na Coca-Cola que assustam a Argentina e animam o Brasil
Henrique Braun, CEO da Coca-Cola Brasil, assumiu como presidente na AL. Há rumores de que sede na região vai de Buenos Aires para o Rio de Janeiro
Mariana Desidério
Publicado em 1 de outubro de 2020 às 16h48.
Última atualização em 1 de outubro de 2020 às 16h59.
A Coca-Cola está reorganizando sua estrutura na América Latina, e pode transferir sua sede regional da Argentina para o Brasil. Segundo o jornal argentino Clarín, o escritório, que hoje fica em Buenos Aires, seria transferido para o Rio de Janeiro. A Coca-Cola não confirma.
Em nota enviada à EXAME, a fabricante de bebidas diz que a reorganização inclui a criação de uma unidade operacional e três novas zonas geográficas que trabalharão em colaboração com as equipes de liderança global. “Até o momento, os detalhes das estruturas de liderança regional não foram anunciados”, diz a companhia.
A partir de 1º de janeiro de 2021, a região será dividida em três zonas. A região sul, que inclui Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai será presidida pelo brasileiro Luis Felipe Avellar. Henrique Braun, CEO da Coca-Cola Brasil, assumiu no início de setembro como presidente na América Latina.
Com as notícias sobre a sede da companhia na região, a fabricante de bebidas foi ao Twitter para negar mudanças em suas operações na Argentina. “A companhia e seus engarrafadores reafirmam seu compromisso com o país, e anunciaram um investimento de 770 milhões de dólares para a reativação econômica”, publicou a companhia.
A mudança na região faz parte de uma reorganização global de sua estrutura para “acelerar sua estratégia de crescimento e se converter em uma empresa de bebidas que opere em uma rede interconectada, combinando a capacidade de sua escala global com as necessidades dos mercados”, disse a empresa.
A notícia sobre a fabricante de bebidas vem após uma série de empresas decidirem deixar a Argentina, dentre elas a companhia aérea Latam e a rede de lojas chilena Falabella. A Argentina enfrenta forte crise econômica, que foi agravada com a pandemia do novo coronavírus.