As 20 empresas com os maiores prejuízos no primeiro semestre
OGX, de Eike Batista, lidera o ranking com perdas de R$ 5,5 bilhões. HRT, também do setor de petróleo, ficou em segundo lugar
Daniela Barbosa
Publicado em 20 de agosto de 2013 às 11h35.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h29.
São Paulo – Duas empresas do setor de petróleo no Brasil lideram o ranking dos maiores prejuízos das empresas de capital aberto no país. A OGX , de Eike Batista, registrou perdas de 5,5 bilhões de reais no período, segundo dados da Economatica, é figura como a primeira colocada no ranking. Já o prejuízo da HRT foi relativamente menor, 645,2 milhões de reais, mas fez com que a companhia ficasse com a segunda posição. Veja, a seguir, os 20 maiores prejuízos do semestre das empresas brasileiras com capital aberto:
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 5,5 bilhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 543,4 milhões Setor: Petróleo e Gás Segundo a companhia, o aumento expressivo do prejuízo é justificado pelas despesas de 3,6 bilhões de reais referentes à provisão para perda dos investimentos realizados nos campos de Tubarão Azul, Tubarão Areia, Tubarão Gato e Tubarão Tigre.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 645,2 milhões Lucro 1º semestre 2012: R$ 2,6 milhões Setor: Petróleo e Gás O impacto nos ganhos da companhia ocorreu por conta de outras despesas, que passou de 8,9 milhões de reais para 457,78 milhões somente entre os meses de abril e junho.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 573,8 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 1 bilhão Setor: Papel e Celulose As perdas no período têm origem principalmente por conta do efeito da variação cambial no resultado financeiro. A Fibria possui a maior parte da dívida em moeda estrangeira.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 524,8 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 820,9 milhões Setor: Transporte e Serviços Embora ainda no vermelho, as perdas da Gol foram menores na comparação com o mesmo período de 2012. A queda foi justificada pelos recursos adicionais com a venda antecipada de passagens. Além disso, o resultado recebeu impulso de aumento de preços de passagens e redução de custos com combustível e pessoal, depois que a empresa cortou voos e funcionários.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 501,1 milhões Lucro 1º semestre 2012: R$ 49,9 milhões Setor: Alimentos e Bebidas O Marfrig também foi impactado por conta dos efeitos cambiais. A companhia explica que excluindo os efeitos cambiais a perda seria de 417,9 milhões de reais.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 496,7 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 344,3 milhões Setor: Mineração Segundo a companhia, as despesas financeiras pesam no resultado no período.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 325,8 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: 0 Setor: Bioenergia Segundo a Biosev, os canaviais afetados pelo clima impactaram nos resultados do período.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 273,4 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 7 milhões Setor: Eletroeletrônicos Ajustes relativos à parceria firmada com a japonesa Oki foram responsáveis pelo aumento do prejuízo no semestre.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 217,6 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 201,1 milhões Setor: Energia A companhia, que no ano passado enfrentou um processo de recuperação judicial, registrou perdas maiores no semestre na comparação com 2012.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 213 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 123 milhões Setor: Siderurgia A valorização do dólar frente ao real impactou o endividamento total da companhia que cresceu de 7,9 bilhões de reais para 8 bilhões de reais no segundo trimestre, impactando também o resultado do período.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 208,2 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 379,5 milhões Setor: Construção Segundo a companhia, o prejuízo líquido resultou de revisão de orçamentos e baixas não recorrentes de projeto no período.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 205,5 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 192 milhões Setor: Papel e Celulose A valorização do dólar frente ao real impactou negativamente os números da companhia no período.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 197,9 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 17 milhões Setor: Alimentos e Bebidas A empresa atribuiu o prejuízo, principalmente, ao impacto negativo de 66 milhões de reais da variação cambial.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 166,9 milhões Lucro 1º semestre 2012: R$ 5,3 milhões Setor: Prestação de serviço para a indústria do petróleo O insucesso da OGX em áreas de petróleo da bacia de Campos acabou impactando o resultado da OSX, já que a petroleira é sua principal cliente.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 190,5 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 197,6 Setor: Alimentos e Bebidas Segundo a companhia, cerca de 70% da dívida está indexada ao câmbio, basicamente dólar, o que impactou o resultado no período.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 178,7 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 417,7 milhões Setor: Construção Segundo a companhia, a revisão de projetos garantiu um prejuízo bem menor na comparação com o mesmo período de 2012.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 161,5 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 126,2 milhões Setor: Siderurgia O resultado foi impactado pelo câmbio, que elevou os custos dos bônus perpétuos. A companhia ainda teve expansão de despesas com rescisões, que exigiram gastos acima de 2 milhões de reais.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 145,3 milhões Prejuízo 1º semestre 2012: R$ 310,9 milhões Setor: Transporte A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale, consegui reduzir em mais de 50% as perdas do trimestre.
Prejuízo 1º semestre 2013: R$ 130,8 milhões Lucro 1º semestre 2012: R$ 29,6 milhões Setor: Energia A companhia de energia reverteu os ganhos e somou prejuízo de 130,8 milhões de reais nos seis primeiros meses do ano.
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