As 10 notícias de Negócios que você deve lembrar de agosto
Prejuízos bilionários, investimentos, reestruturações – veja o que marcou o mês que termina
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2012 às 08h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h18.
São Paulo – O segundo trimestre não foi fácil para Eike Batista . As empresas de capital aberto do Grupo EBX acumularam prejuízo líquido de 975,6 milhões de reais no período – um salto de 468% sobre os três primeiros meses do ano. O destaque ficou para a petroleira de Eike, a OGX . Seu prejuízo de quase 400 milhões de reais foi 255% maior que o do mesmo período do ano passado. A EBX afirma que as empresas estão em fase pré-operacional.
O francês Casino assumiu, oficialmente, o posto de maior acionista do Grupo Pão de Açúcar . Para tanto, adquiriu 1 milhão de ações da Wilkes, holding que controla a varejista, que estavam em poder de Abilio Diniz . A fatia equivale a 2,4% da Wilkes. Com isso, o Casino passa a deter 52,5% do capital votante da holding. Pelos papéis transferidos, Abilio aceitou receber 10,5 milhões de dólares.
A Kodak tornou-se conhecida no mundo todo pelos filmes e câmeras fotográficas. Agora, à beira da falência, a empresa tomou uma decisão radical: colocou à venda o negócio que lhe deu origem. A Kodak espera concluir a venda da unidade de fotografia até meados de 2013. A ideia é se concentrar no segmento de impressoras.
Segundo EXAME apurou, a Vivendi contratou os bancos de investimento Rothschild e Deutsche Bank para assessorá-la no leilão de vend a da GVT . A empresa será oferecida aos candidatos óbvios — teles como Oi, TIM, Telefónica e América Móvil — e também a fundos de private equity. O JP Morgan negocia com fundos a criação de um consórcio para fazer uma proposta pela GVT. Cada fundo faria um cheque de, no mínimo, 500 milhões de dólares (a GVT é avaliada em até 10 bilhões de dólares).
A Lexmark, outra empresa que luta para escapar da crise, anunciou em agosto que vai parar de fabricar impressoras a jato de tinta. A empresa continuará, porém, prestando assistência técnica e fornecendo cartuchos para aqueles que possuem suas impressoras. Com a decisão, a Lexmark pretende focar na prestação de serviços e no desenvolvimento de produtos de maior valor agregado, embora não tenha detalhado seus planos. A empresa também pretende demitir 1.700 funcionários.
Após a descoberta de um rombo de 3 bilhões de reais nas contas do Banco Cruzeiro do Sul, o Fundo Garantidor de Crédito decidiu colocá-lo à venda. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a instituição já despertou o interesse de seis bancos. As propostas para sua aquisição serão recebidas pelo Fundo até o dia 10 de setembro.
O geólogo Paulo Mendonça deixou, definitivamente, o Grupo EBX . Em junho, Mendonça já havia perdido o posto de presidente da OGX , a petroleira de Eike Batista e sua maior empresa. Naquela ocasião, o executivo tornou-se assessor especial da EBX. A posição de Mendonça foi minada, após o ruidoso rebaixamento da expectativa de produção dos poços do campo de Tubarão Azul. Inicialmente, a OGX havia divulgado uma estimativa de produção de 20.000 barris diários para esses poços. O número final, porém, ficou em 5.000 barris – o que gerou uma crise de confiança dos investidores, que puniram todas as empresas de Eike com uma forte queda no preços das ações.
Dirce Navarro de Camargo, a controladora do Grupo Camargo Corrêa , apareceu pela primeira vez em um ranking das pessoas mais ricas do Brasil. Sua fortuna foi avaliada em 13,1 bilhões de dólares pela agência de notícias Bloomberg. Com isso, Dirce é a terceira pessoas mais rica do país – e a mulher mais bem colocada no ranking. Ela é viúva de Sebastião Camargo, o fundador do grupo. Com sua inclusão, o banqueiro Joseph Safra, passa a ser o quarto homem mais rico do país.
A montadora japonesa Toyota inaugurou, em agosto, sua terceira fábrica no Brasil. Instalada na cidade paulista de Sorocaba, a planta vai colocar a empresa na briga pelo segmento de veículos compactos – o mais aquecido no país. A fábrica vai produzir o modelo Etios, que pretende brigar com o Gol, da Volkswagen, e com o Palio, da Fiat. O projeto consumiu investimentos de 600 milhões de dólares e tem capacidade inicial para fornecer 70.000 carros por ano.
A Diageo apresentou a primeira das 100 lojas que pretende abrir no Brasil. Localizada em Recife, conta com 100 metros quadrados e um espaço que favorece a degustação dos produtos da empresa. As outras lojas devem ser abertas em até três anos. A Diageo também é dona, entre outras, das marcas Ypióca e Smirnoff.