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As 10 maiores aquisições da Vale durante a gestão Agnelli

Em quase uma década como presidente da Vale, o executivo esteve à frente de 27 aquisições – e, no total, investiu 33,285 bilhões de dólares em compras

1) Inco é adquirida por 18,2 bilhões de dólares (Agência Vale/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 22h51.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h35.

São Paulo - A Vale comprou a canadense Inco, em 2006, e consolidou seu processo de internacionalização. A compra da Inco, por 18,2 bilhões de dólares, é apontada como a grande tacada na trajetória de internacionalização da mineradora. Com a  aquisição, a Vale passou, na época, de quinta para segunda maior empresa de mineração diversificada do mundo - ultrapassando Rio Tinto e Anglo American, e ficando atrás apenas da BHP Billiton.

Após a aquisição, as vendas de níquel responderiam por 20% do faturamento estimado para 2006, perdendo somente da participação do minério de ferro. Entre dezembro de 2001 e fevereiro de 2007, o valor de mercado da Vale aumentou em mais de 75 bilhões de dólares.

A Inco também entra para a história da Vale por um motivo menos festivo. Os ativos canadenses incluem os complexos que enfrentaram greves que entraram para a história da mineradora como a mais longa que já enfrentou, entre 2009 e 2010 –  e cujos prejuízos foram estimados em cerca de um bilhão de reais.

  • 2. 2) Vale comprou ativos da Bunge e Fosfértil por 5,8 bilhões de dólares

    2 /10(Agência Vale/Divulgação)

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    Em 2010, a Vale realizou grandes compras no campo dos fertilizantes, que somaram 5,8 bilhões de dólares. Com a operação, no final de 2010 a Vale detinha 78,90% do capital da Fosfértil e 100% da Vale fosfatado. A primeira movimentação daquele ano foi a negociação para a aquisição de ativos de fertilizantes do Grupo Bunge no Brasil, incluindo sua participação de 42,3% no capital acionário da Fosfértil.  A mineradora conseguiu concluir a operação por 3,8 bilhões de dólares.
  • 3. 3) Troca de ações da Caemi soma 2,55 bilhões de dólares

    3 /10(Agência Vale/Divulgação)

  • Em maio de 2006, a Vale realizou uma troca de ações com os investidores da Caemi, no valor de 2,552 bilhões de dólares.  A Caemi era uma holding não operacional, com participações relevantes na mineração de minério de ferro, caulim e bauxita refratária e no setor de transporte ferroviário. Na época da operação, a Vale era proprietária de 100% das ações ordinárias e 40,06% das ações preferenciais da Caemi, correspondendo a 60,23% de seu capital total. Com a incorporação de ações, a Vale passou a deter a totalidade das ações de emissão da Caemi.
  • 4. 4) Vale obtém sub-concessão da Ferrovia Norte - Sul

    4 /10(Agência Vale/Divulgação)

    A Vale também investiu em logística durante a gestão Agnelli. A mineradora assinou o contrato para exploração comercial, durante 30 anos, de 720 quilômetros da Ferrovia Norte Sul (FNS), compreendendo a linha ferroviária entre Açailândia, no Maranhão, e Palmas, em Tocantins. O valor da operação foi de 893 milhões de dólares. Operada pela Vale desde sua inauguração, em 1996, a Ferrovia Norte Sul (FNS) teve sua construção iniciada na década de 80, pela Valec (empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes). Em 2007, a Vale adquiriu a sub-concessão da ferrovia. Integrada à Estrada de Ferro Carajás, a ferrovia apresenta-se como um importante corredor de exportação para a carga geral (grãos, açúcar, carne, fertilizantes e combustíveis) das regiões do Centro-Norte brasileiro.
  • 5. 5) Vale comprou ativos de potássio por 857 milhões de dólares

    5 /10(Cristiano Mariz/EXAME.com/Exame)

    A Vale celebrou com a Rio Tinto contrato de compra e venda para a aquisição, mediante pagamento à vista, de ativos de minério de ferro e potássio, em janeiro de 2009. Os ativos de potássio foram adquiridos por 857 milhões de dólares. Os ativos de potássio incluíam 100% do projeto Rio Colorado, localizado nas províncias de Mendoza e Neuquén, Argentina, e 100% do projeto Regina, na província de Saskatchewan, no Canadá. Com isso a mineradora deu um passo à frente no mercado de fertilizantes:  o potássio é uma das principais matérias-primas para a produção de nutrientes e insumos agrícolas.
  • 6. 6) Vale investiu em minério de ferro com Corumbá

    6 /10(Agência Vale/Divulgação)

    Quando a Vale fechou a compra da Rio Colorado e do projeto Regina, ela também acertou com a Rio Tinto a aquisição de 100% das operações de mineração de minério de ferro a céu aberto de Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul, e ativos de logística, incluindo porto fluvial e barcaças. O valor da operação foi de 814 milhões de dólares. Corumbá produziu 2,0 milhões de toneladas métricas de minério de ferro em 2008. Possuía, ao final de 2007 reservas provadas e prováveis de 210 milhões de toneladas métricas, com teor de ferro de 67,0%, e recursos minerais de 583 milhões de toneladas métricas, com 62,7% de teor de ferro.
  • 7. 7) Vale adquiriu Canico por 800 milhões de dólares

    7 /10(Agência Vale/Divulgação)

    Em dezembro de 2005, a Vale adquiriu a Canico por 800 milhões de dólares. Com a operação, a Vale reforçou sua presença no negócio de metais não-ferrosos. A Canico é uma empresa canadense de exploração mineral, focada no desenvolvimento de Onça Puma, projeto de níquel laterítico localizado no Pará. De acordo com os estudos de viabilidade realizados na época da aquisição, a planta teria capacidade nominal de produção de 57.000 toneladas de níquel, e seu desenvolvimento demandaria investimentos de 1,1 bilhão de dólares.
  • 8. 8) Aquisição da Caemi por cerca de 705 milhões de dólares

    8 /10(Agência Vale/Divulgação)

    Em dezembro de 2001, a Vale, por intermédio de sua subsidiária integral no exterior, Itabira Rio Doce Company, adquiriu da Cayman Iron Ore Investment - subsidiária da companhia japonesa Mitsui - a totalidade das ações representativas do capital social da Amazon pelo valor de 278 milhões de dólares. A Amazon detinha ações ordinárias correspondentes a 50% do capital votante da Caemi, uma holding não operacional, com participações relevantes na mineração de minério de ferro, caulim e bauxita refratária e no setor de transporte ferroviário. Em março de 2003, a Vale comprou a participação da Mitsui na Caemi, por 426,4 milhões de dólares.
  • 9. 9) Vale compra AMCI HA por 656 milhões de dólares

    9 /10(Agência Vale/Divulgação)

    Em abril de 2007, a Vale concluiu a aquisição de 100% da AMCI Holdings Austrália por 835 milhões de dólares australianos (cerca de 656 milhões de dólares americanos). Com a operação, a Vale avançou no negócio de carvão. A AMCI HA era uma empresa de capital fechado com sede em Brisbane, no estado de Queensland, Austrália, que operava e controlava ativos de carvão através de participações em joint ventures. A participação adquirida pela Vale era equivalente à capacidade nominal de produção de 8,0 milhões de toneladas de carvão (predominantemente carvão metalúrgico) e reservas de 103 milhões de toneladas.
  • 10. 10) Vale paga 500 milhões de dólares na primeira parcela da Simandou

    10 /10(Agência Vale/Divulgação)

    Em 2010, a Vale adquiriu da BSG Resources uma participação de 51% na BSG Resources (Guinea), que detém concessões de minério de ferro na Guiné, em Simandou Sul (Zogota) e licenças de exploração em Simandou Norte (Blocos 1 e 2). Pela aquisição dos ativos, a Vale pagou 2,5 bilhões de dólares, sendo 500 milhões de dólares à vista, e os 2 bilhões de dólares restantes em etapas sujeitas ao cumprimento de metas específicas. Simandou Blocos 1e 2 e Zogota estão entre os melhores depósitos de minério de ferro ainda não explorados no mundo, segundo a mineradora.

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