Arteris: as obras estão sendo planejadas e iniciadas considerando investimentos adicionais aos previstos em contrato (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - A Arteris, novo nome da OHL Brasil, quer acelerar os investimentos nos próximos três a quatro anos, principalmente em obras de suas concessionárias de estradas federais: a duplicação da Serra do Cafezal (Rodovia Régis Bittencourt), a duplicação da BR-101 no Rio de Janeiro e o contorno de Campos (Autopista Fluminense) e o contorno de Florianópolis (Autopista Litoral Sul).
Os projetos demandarão investimentos de R$ 3,5 bilhões, informou o diretor de Relações com Investidores da Arteris, Alessandro Scotoni Levy.
Ele destacou que as obras estão sendo planejadas e iniciadas considerando investimentos adicionais aos previstos em contrato, mesmo que a companhia ainda não tenha acertado com o governo os aditamentos. "Com esses aditamentos, os investimentos devem alcançar cerca de R$ 4,5 bilhões", disse Levy, em conversa com jornalistas nesta terça-feira, após participar do InfraBrasil Expo&Summit, que acontece em São Paulo.
Ele citou a ampliação da Serra do Cafezal, que deve ser feita para três faixas de rolamento, com preparação para a quarta faixa - que está contemplada no licenciamento ambiental concedido pelo Ibama no fim de 2012 -, embora o contrato preveja duas faixas. De acordo com Levy, as negociações para o aditamento estão em andamento, e a principal questão a ser acertada é a taxa interna de retorno (TIR) desse investimento adicional.
O governo tem declarado a intenção de estabelecer uma TIR marginal, para aditivos de contratos, da ordem de 5%, mas os investidores têm buscado retornos maiores, mais próximos do que foi previsto na assinatura dos contratos de concessão, em torno de 8%.
Questionado sobre o financiamento para as obras, o executivo disse que a companhia possui R$ 1 bilhão em caixa e outros R$ 1,8 bilhão acertados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Com os aditamentos, precisaremos buscar mais cerca de R$ 700 milhões", disse, indicando que uma alternativa em estudo é a emissão de debêntures de infraestrutura.