O McDonalds definiu o sucessor de Marcel Fleischmann na presidência de suas operações no Brasil. O argentino Sergio Daniel Alonso, de 40 anos, assume o posto em janeiro, simultaneamente à posse de Fleischmann como presidente da rede para (parte da) América Latina, mudança anunciada há um mês.

Fleischmann não deixará Alphaville, onde fica a sede da empresa em São Paulo, imediatamente. Ele dará apoio a Alonso durante o primeiro ano de atuação do novo presidente. A transição é necessária, pois o McDonalds Brasil é a oitava maior operação do grupo no mundo, afirmou o executivo brasileiro em comunicado oficial. Sobre a escolha de um estrangeiro para o cargo, Fleischmann disse que nada mais natural, já que as duas operações têm muito em comum. Demos todo o suporte, incluindo treinamento, para o início das atividades da rede na Argentina, em meados da década de 80.

Alonso, executivo do McDonalds argentino desde 1987, vai lidar com um negócio que faturou 1,7 bilhão de reais em 2002. O resultado, equivalente a 593 milhões de dólares, representa 30% das vendas da marca na América Latina, mas é quase 30% menor que o obtido no Brasil em 1998.

Fleischmann, de 49 anos, era presidente da empresa desde 1997 e agora vai coordenar as operações em países como México, Venezuela, Colômbia e Peru. Ao todo, os 18 países de sua área de atuação são responsáveis por 55% do faturamento da rede na América Latina. O brasileiro vai acumular o novo cargo com o acompanhamento do trabalho de Alonso.
A rede do McDonalds Brasil é formada por 582 restaurantes, 641 quiosques e 45 McCafés. A empresa é a terceira maior empregadora do país, com 36 mil funcionários.

No mundo
O último trimestre de 2002 trouxe o primeiro prejuízo global da maior rede de fast food do mundo em seus 48 anos de história: 343 milhões de dólares. O valor das ações da McDonalds Corp. na Bolsa de Valores de Nova York caiu para 12 dólares em março. Desde então, vem se recuperando e alcançou o patamar de 25 dólares.