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Apreensão em Congonhas, festa na bolsa: o 2019 da CSN

Companhia, que tem se beneficiado da alta do minério e de adiamento no acordo sobre a venda de parte da Usiminas, divulga resultados nesta terça-feira (25)

CSN: siderúrgica acumula alta de 76% das ações em 2019 (CSN/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2019 às 06h56.

Última atualização em 26 de março de 2019 às 07h32.

Com alta de 76,2% das ações no ano até sexta-feira 22, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vem despontando como uma das queridinhas das casas de análise. Não à toa, o Santander indica a compra dos papéis da siderúrgica que responde pela terceira maior rentabilidade dos papeis em 2019, ficando atrás apenas da PetroRio (106,7%) e da Queiroz Galvão (76,6%). A expectativa da corretora do banco é de que a CSN registre um lucro líquido de 4 bilhões de reais e um Ebitda de 5,8 bilhões de reais, referentes ao exercício de 2018. Nesta terça-feira, 26, a companhia divulga seus resultados do ano passado, depois do fechamento de mercado.

Outra casa que também destaca o desempenho da CSN é o BTG Pactual. Segundo relatório do banco, o cenário ainda é desafiador para a indústria siderúrgica brasileira no curto prazo, mas as perspectivas são positivas. “A maior parte do crescimento deve vir no segundo semestre”, escrevem Leonardo Correa e Gerard Roure, analistas do BTG. “A CSN é a empresa que possui a menor alavancagem dentre as ações que fazemos cobertura e ousamos a dizer que é uma das melhores negociadas no Ibovespa”, acrescentam. As ações da CSN são negociadas a quase 5,7 vezes o valor do Ebitda “o que consideramos um patamar atrativo”.

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Parte do avanço da CSN na bolsa também se deu pelo efeito indireto da paralisação de algumas operações da Vale, que deve se materializar em um recuo no mercado de quase 90 milhões de toneladas somente em 2019, de acordo com cálculos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Com a redução da oferta de minério, o preço sofreu um aumento imediato, o que beneficiou a commodity explorada pela CSN, que tem mais de 3 bilhões de toneladas em reservas certificadas, de acordo com a Joint Ore Reserves Committee.

Uma delas é a mina da Casa de Pedra, localizada em Congonhas, no interior de Minas Gerais. Moradores da cidades estão apreensivos há dois meses, desde o rompimento da Vale em Brumadinho, com a proximidade da barragem da Casa de Pedra da área urbana da cidade de 54.000 habitantes. A CSN garante a segurança da barragem e diz que ainda este ano tratará todos os seus rejeitos de minério a seco. Como se vê pelos números, a preocupação em Congonhas não tem afetado nem o desempenho operacional, nem a performance da CSN na bolsa.

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