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Apple Pay enfrenta indiferença dos consumidores

O CEO da Apple chamou 2015 de “o ano do Apple Pay”. Mas até agora ele vem sendo decepcionante

Tim Cook, CEO da Apple (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 21h31.

O CEO da Apple Inc., Tim Cook , chamou 2015 de “o ano do Apple Pay”. Mas até agora ele vem sendo decepcionante.

O sistema móvel de pagamento, que fará seu primeiro aniversário neste mês, não conseguiu virar moda entre os consumidores e só foi responsável por 1 por cento das transações no varejo nos EUA, de acordo com a empresa de pesquisa Aite Group.

O serviço – que possibilita que os usuários paguem por suas compras usando um iPhone ou Apple Watch em um aparelho no caixa – sofreu devido à falta de publicidade e ao número restrito de terminais disponíveis nas lojas.

Além disso, o Apple Pay só está disponível nos modelos de iPhone mais novos.

“As pessoas não sabem por que usariam o Apple Pay”, disse Jared Schrieber, CEO da InfoScout, uma empresa de pesquisa sobre compradores. “Elas estão satisfeitas com os métodos atuais e não sabem como o Apple Pay funciona”.

A Apple, que depende de novos produtos para sustentar o crescimento, entrou em um novo mercado quando lançou seu sistema móvel de pagamentos no ano passado.

Um recurso semelhante estava disponível nos smartphones da Google Inc. com o Wallet desde 2011, com uma aceitação muito fraca, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

Como acontece com a maioria dos produtos da Apple, houve altas expectativas em torno do serviço de pagamento, que era visto como um possível rival para o PayPal. Em janeiro, Cook falou do “impulso” para o Apple Pay, que, segundo ele, estava “pronto para um começo muito forte” e para ser implementado por bancos, cooperativas de crédito e numerosos comerciantes.

Concorrência

Depois surgiram concorrentes – tanto o Samsung Pay quanto o Android Pay, da Google, foram lançados neste ano –, mas os consumidores ainda não apareceram. Os comerciantes que adotaram o sistema dizem que a demanda tem sido morna.

Um exemplo é a Panera Bread Co., um dos estabelecimentos onde o Apple Pay estreou em outubro do ano passado.

O serviço responde por “dígitos únicos baixos” das transações nas filiais da rede de restaurantes, disse Blaine Hurst, diretor de transformação e crescimento da Panera. Ele representa cerca de 20 por cento das transações no aplicativo da Panera para iOS, que possibilita que os clientes façam pedidos por meio do telefone, disse Hurst.

Diversas pesquisas apoiam esses relatos. Mais de 75 por cento dos usuários do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus ainda não tinham experimentado o serviço até abril, de acordo com a Kantar Worldpanel ComTech.

Em junho, 13 por cento das 1.500 pessoas consultadas pela InfoScout e pela Pymnts.com disseram que tinham provado o Apple Pay.

Uma pesquisa mais recente e menor, com 500 usuários de iPhone, foi publicada em julho pela Auriemma Consulting Group e identificou que 42 por cento dos participantes de fato usou o aparelho para fazer compras em aplicativos e em lojas.

“Começamos com o pé direito e estamos observando um crescimento mensal contínuo e de dois dígitos nas transações do Apple Play desde o lançamento”, disse a Apple em um comunicado enviado por e-mail.

Cartões com chip

De fato há sinais de que a demanda vai se recuperar nos próximos anos, à medida que a Apple e concorrentes como a Samsung intensificarem as campanhas publicitárias para seus serviços móveis de pagamento.

A Apple receberá certa ajuda no quarto trimestre, quando mais lojas instalarem terminais que aceitam o Apple Pay. As operadoras de cartões de crédito definiram para outubro o prazo para que a maioria dos comerciantes atualizem seus sistemas a fim de atender ao padrão de cartão inteligente com chip conhecido como EMV (Europay-MasterCard-Visa).

Esses terminais, que atualmente estão instalados em menos de 25 por cento das lojas nos EUA, também aceitam sistemas móveis de pagamento, como o Apple Pay.

A transição dos cartões com fita magnética para os cartões com chip nos EUA também poderia acelerar a adoção do Apple Pay.

Como os cartões EMV com chip precisam ficar inseridos nos terminais das lojas durante cada transação, em vez de serem simplesmente passados pela máquina, talvez o tempo de atendimento no caixa seja maior e o processo seja mais complicado. Isso poderia estimular os consumidores a adotarem os sistemas móveis – e o Apple Pay.

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O CEO da Apple Inc., Tim Cook , chamou 2015 de “o ano do Apple Pay”. Mas até agora ele vem sendo decepcionante.

O sistema móvel de pagamento, que fará seu primeiro aniversário neste mês, não conseguiu virar moda entre os consumidores e só foi responsável por 1 por cento das transações no varejo nos EUA, de acordo com a empresa de pesquisa Aite Group.

O serviço – que possibilita que os usuários paguem por suas compras usando um iPhone ou Apple Watch em um aparelho no caixa – sofreu devido à falta de publicidade e ao número restrito de terminais disponíveis nas lojas.

Além disso, o Apple Pay só está disponível nos modelos de iPhone mais novos.

“As pessoas não sabem por que usariam o Apple Pay”, disse Jared Schrieber, CEO da InfoScout, uma empresa de pesquisa sobre compradores. “Elas estão satisfeitas com os métodos atuais e não sabem como o Apple Pay funciona”.

A Apple, que depende de novos produtos para sustentar o crescimento, entrou em um novo mercado quando lançou seu sistema móvel de pagamentos no ano passado.

Um recurso semelhante estava disponível nos smartphones da Google Inc. com o Wallet desde 2011, com uma aceitação muito fraca, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

Como acontece com a maioria dos produtos da Apple, houve altas expectativas em torno do serviço de pagamento, que era visto como um possível rival para o PayPal. Em janeiro, Cook falou do “impulso” para o Apple Pay, que, segundo ele, estava “pronto para um começo muito forte” e para ser implementado por bancos, cooperativas de crédito e numerosos comerciantes.

Concorrência

Depois surgiram concorrentes – tanto o Samsung Pay quanto o Android Pay, da Google, foram lançados neste ano –, mas os consumidores ainda não apareceram. Os comerciantes que adotaram o sistema dizem que a demanda tem sido morna.

Um exemplo é a Panera Bread Co., um dos estabelecimentos onde o Apple Pay estreou em outubro do ano passado.

O serviço responde por “dígitos únicos baixos” das transações nas filiais da rede de restaurantes, disse Blaine Hurst, diretor de transformação e crescimento da Panera. Ele representa cerca de 20 por cento das transações no aplicativo da Panera para iOS, que possibilita que os clientes façam pedidos por meio do telefone, disse Hurst.

Diversas pesquisas apoiam esses relatos. Mais de 75 por cento dos usuários do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus ainda não tinham experimentado o serviço até abril, de acordo com a Kantar Worldpanel ComTech.

Em junho, 13 por cento das 1.500 pessoas consultadas pela InfoScout e pela Pymnts.com disseram que tinham provado o Apple Pay.

Uma pesquisa mais recente e menor, com 500 usuários de iPhone, foi publicada em julho pela Auriemma Consulting Group e identificou que 42 por cento dos participantes de fato usou o aparelho para fazer compras em aplicativos e em lojas.

“Começamos com o pé direito e estamos observando um crescimento mensal contínuo e de dois dígitos nas transações do Apple Play desde o lançamento”, disse a Apple em um comunicado enviado por e-mail.

Cartões com chip

De fato há sinais de que a demanda vai se recuperar nos próximos anos, à medida que a Apple e concorrentes como a Samsung intensificarem as campanhas publicitárias para seus serviços móveis de pagamento.

A Apple receberá certa ajuda no quarto trimestre, quando mais lojas instalarem terminais que aceitam o Apple Pay. As operadoras de cartões de crédito definiram para outubro o prazo para que a maioria dos comerciantes atualizem seus sistemas a fim de atender ao padrão de cartão inteligente com chip conhecido como EMV (Europay-MasterCard-Visa).

Esses terminais, que atualmente estão instalados em menos de 25 por cento das lojas nos EUA, também aceitam sistemas móveis de pagamento, como o Apple Pay.

A transição dos cartões com fita magnética para os cartões com chip nos EUA também poderia acelerar a adoção do Apple Pay.

Como os cartões EMV com chip precisam ficar inseridos nos terminais das lojas durante cada transação, em vez de serem simplesmente passados pela máquina, talvez o tempo de atendimento no caixa seja maior e o processo seja mais complicado. Isso poderia estimular os consumidores a adotarem os sistemas móveis – e o Apple Pay.

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