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Apple e Nokia encerram disputa de patentes e assinam novo acordo

Empresas disseram nesta terça-feira que a Nokia receberá um pagamento inicial em dinheiro e receitas adicionais da Apple já a partir do atual trimestre

Apple se queixava de ser cobrada em excesso e a Nokia a acusava de violar as patentes de tecnologia (Karen Bleier/AFP)

Apple se queixava de ser cobrada em excesso e a Nokia a acusava de violar as patentes de tecnologia (Karen Bleier/AFP)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2017 às 09h32.

Helsinque - A Nokia encerrou uma disputa judicial com a Apple por meio de um novo acordo de licença de patente, bem como assinou um contrato comercial com a gigante norte-americana, surpreendendo investidores que esperavam que o impasse persistisse.

Sem entrar em detalhes, as duas empresas disseram nesta terça-feira que a Nokia receberá um pagamento inicial em dinheiro e receitas adicionais da Apple já a partir do atual trimestre. Analistas avaliam que a receita provavelmente deve ser bem mais alta que a do acordo anterior.

As ações da Nokia, que recuaram em dezembro, quando teve início a disputa judicial, saltaram até 8 por cento, atingindo o patamar mais alto desde fevereiro de 2016.

"Estamos satisfeitos com essa resolução de nossa disputa e estamos ansiosos para expandir nossa relação de negócios com a Nokia", afirmou o diretor de operações da Apple, Jeff Williams, em comunicado conjunto.

O contrato anterior de patentes assinado entre as companhias venceu no ano passado e ambas acionaram a justiça em dezembro. A Apple se queixava de ser cobrada em excesso e a Nokia a acusava de violar as patentes de tecnologia.

Na falta de um novo acordo, a Nokia reduziu em dezembro a estimativa anual de vendas de patentes e licenças de marcas para 800 milhões de euros (900 milhões de dólares), de 950 milhões de euros anteriormente.

No último balanço trimestral divulgado em abril, o grupo finlandês deixou de fornecer essas projeções.

"(O acordo) muda nosso relacionamento com Apple de adversários na justiça para parceiros comerciais", afirmou a diretora jurídica da Nokia, Maria Varsellona, no comunicado.

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