Negócios

Anvisa proíbe venda de todas as cervejas produzidas pela Backer

O órgão interditou todos os rótulos fabricados pela cervejaria mineira cuja data de validade seja igual ou posterior a agosto de 2020

Cerveja: a decisão foi tomada após os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelarem a presença de substâncias tóxicas (Adermark Media/Getty Images)

Cerveja: a decisão foi tomada após os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelarem a presença de substâncias tóxicas (Adermark Media/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 21h02.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou todas as cervejas produzidas pela Backer cuja data de validade seja igual ou posterior a agosto de 2020. A medida foi anunciada hoje (17) pela autarquia. A decisão foi tomada após os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelarem a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em seis outras marcas de cervejas produzidas pela Backer, além da marca Belorizontina.

Inicialmente, as duas substâncias foram encontradas na Belorizontina, que é vendida como Capixaba no Espírito Santo. Quatro mortes por intoxicação após o consumo da cerveja foram confirmadas. Mais 14 pessoas estão internadas.

Segundo a Anvisa, exames podem mostrar que a fonte de contaminação nas cervejas da marca pode ser sistêmica e não apenas pontual. Considerando que outros lotes de produtos da Backer podem estar comprometidos, a agência decidiu pela medida, em caráter cautelar.

Assim, os lotes de cerveja da empresa Backer com validade igual ou posterior a agosto de 2020 não podem ser entregues ao consumidor. A orientação é para que estas cervejas não sejam consumidas caso já tenham sido adquiridas. Os comerciantes devem retirar o produto das prateleiras. No início da semana, o Ministério da Agricultura havia determinado o recolhimento de todas as cervejas da Backer das prateleiras.

O dietilenoglicol é uma substância tóxica e que não pode entrar em contato com alimentos e bebidas. A presença da substância na cerveja está associada à ocorrência de óbitos e intoxicações em Minas Gerais. O monoetilenoglicol, embora de menor toxicidade, também tem a presença em bebidas vedada por não fazer parte da composição destas.

O monoetilenoglicol é usado para refrigerar a água usada no preparo da cerveja, mas não deve entrar em contato direto com ela. A Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério da Agricultura investigam como a contaminação ocorreu.

Acompanhe tudo sobre:AnvisaCervejasMinas Gerais

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia