São Paulo - Sediar uma Copa do Mundo gera benefícios óbvios para qualquer país: desde a melhoria da infraestrutura até o aumento da exposição na mídia global, atraindo mais turistas. No caso da África do Sul, um exemplo de como o torneio já estimula a economia local são os dados da Visa. No primeiro trimestre - antes, portanto, do início da Copa -, o volume movimentado pelos cartões da bandeira no país aumentou 34% sobre o mesmo período do ano passado. As despesas dos turistas chegaram a 566 milhões de dólares, ante 423 milhões da comparação.

Segundo a Visa, os turistas do Reino Unido foram os que mais gastaram no país até março (26% do total), seguidos por americanos (15%), moçambicanos (5%), alemães (4%) e franceses (4%). "O aumento significativo dos gastos de titulares [de cartões] dos mercados emergentes é um indicativo da crescente visibilidade da África do Sul como destino turístico", afirma a bandeira em nota à imprensa.

Para a empresa, o desempenho do primeiro trimestre dá mais motivos para acreditar que a Copa do Mundo, iniciada em 11 de junho, gerará um bom volume de negócios. A Visa lembra que o público esperado para os jogos é de 370.000 turistas. Somente no mês do torneio, deverão ser injetados 93 milhões de rands na economia sul-africana, o equivalente a 2% de seu PIB.

Outro indício de como o país - e a Visa - podem lucrar com a Copa foram os resultados do ano passado. Abatido pela crise mundial, o setor de turismo sofreu em diversos países. De acordo com a Visa, os gastos de seus clientes chegaram a cair dois dígitos em alguns destinos badalados. Na África do Sul, porém, o recuo foi de 2,7%, passando de 1,84 bilhão de dólares, em 2008, para 1,79 bilhão.

Além de já estar na mídia devido aos preparativos para o evento deste ano, o país recebeu, em 2009, a Copa das Confederações - uma espécie de ensaio geral para a Copa do Mundo. O torneio contou com oito equipes, foi vencido pela seleção brasileira e ajudou também a atrair turistas para a África do Sul.