Negócios

Anima compra Sociesc por R$ 150 mi e chega ao Sul do país

A aquisição acontece após a Anima desistir, em abril, de comprar dois centros universitários da norte-americana Whitney, no Rio e na Bahia


	Sala de aula: pelo acordo, a Anima ainda assumirá R$ 30 milhões em dívidas da Sociesc
 (Jetta Productions/Thinkstock)

Sala de aula: pelo acordo, a Anima ainda assumirá R$ 30 milhões em dívidas da Sociesc (Jetta Productions/Thinkstock)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 18h22.

São Paulo - A Anima Educação fechou acordo para comprar a Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc), de Joinville (SC), por 150 milhões de reais.

Com a aquisição, o grupo – que já é dono da Universidade São Judas Tadeu e da Unimonte, ambas de São Paulo, e da Una e da Uni-BH, de Minas Gerais – ganhará presença no Sul do país.

Conforme comunicado enviado ao mercado na sexta-feira (18), a empresa ainda assumirá 30 milhões em dívidas da Sociesc junto a bancos.

O negócio inclui todas as atividades da Sociesc, exceto as operações da Escola Internacional de Joinville e os imóveis da companhia na cidade.

A Anima fará o pagamento em 180 parcelas mensais, corrigidas anualmente pelo INPC. Esse valor inclui o aluguel dos campi de Joinville por quinze anos, por 97,5 milhões de reais.

Os principais executivos da Sociesc continuarão em seus cargos.

A operação ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Números

A Anima tem cerca de 79.000 estudantes e contabilizou um lucro líquido de 69,8 milhões de reais no período de janeiro a setembro de 2015.

Já a Sociesc tem hoje aproximadamente 15.600 alunos e mais de 1.000 professores e funcionários.

No ano passado, sua receita líquida ajustada foi de 148 milhões de reais e seu Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) chegou a 7,4 milhões de reais.

Contexto

A aquisição acontece após a Anima desistir, em abril, de comprar a Universidade Veiga de Almeida (UVA), do Rio de Janeiro, e o Centro Universitário Jorge Amado (UniJorge), da Bahia.

Ambas as empresas pertencem à norte-americana Whitney.

O negócio, avaliado em 1,14 bilhão de reais, foi desfeito após o governo alterar regras do Fies, tornando mais difícil o acesso ao financiamento estudantil – o que reduziu as expectativas de crescimento da Anima. 

Acompanhe tudo sobre:AnimaEducaçãoEnsino superiorFaculdades e universidadesFusões e AquisiçõesNegociações

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia