Negócios

Aneel nega pedido de Jirau para suspender pagamentos à CCEE

O consórcio da Usina de Jirau pediu para não pagar a CCEE, já que as distribuidoras de energia também não realizam seus pagamentos à usina


	Usina de Jirau: empresa alega que as distribuidoras devem R$ 36,2 milhões à usina até julho
 (Lunae Parracho / Greenpeace)

Usina de Jirau: empresa alega que as distribuidoras devem R$ 36,2 milhões à usina até julho (Lunae Parracho / Greenpeace)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 11h13.

Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou há pouco uma medida cautelar pedida pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) - que controla a Usina de Jirau - sobre a inadimplência de distribuidoras de eletricidade que não têm honrado seus compromissos com a hidrelétrica.

A companhia pediu a suspensão da obrigatoriedade de fazer aportes financeiros junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no volume da inadimplência das distribuidoras com a usina.

A Usina de Jirau precisa depositar no dia 22 de setembro as garantias de R$ 60 milhões para a próxima liquidação de curto prazo do setor elétrico, marcada para o dia 10 de outubro.

A ESBR alega ter uma inadimplência de R$ 36,2 milhões até julho da parte das distribuidoras, sendo quatro do Grupo Eletrobras - Acre (Eletroacre), Amazonas (AME), Alagoas (Ceal) e Piauí (Cepisa) -, além da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

Jirau também apresenta outras dificuldades, como R$ 19,7 milhões de juros indevidos, referentes ao pagamento do risco hidrológico de geração (GSF). Ao todo, o impacto no caixa da companhia seria de cerca de R$ 150 milhões.

Já o diretor da Aneel relator do pedido, Reive Barros, considerou que a solução para inadimplência das distribuidoras da Eletrobras já está encaminhada, e destacou que a questão deve ser resolvida nas próximas semanas.

Além disso, para o diretor, o pedido da ESBR acarretaria risco a todos os demais agentes do mercado de liquidação de energia elétrica.

"Apesar do pedido de Jirau parecer viável, é grande o risco de contaminação do restante do mercado de curto prazo de eletricidade no País", afirmou Barros, que também considerou inoportuno o adiamento da data da próxima liquidação. "Não estão presentes os requisitos para concessão da medida cautelar", completou.

Acompanhe tudo sobre:AneelEnergiaEnergia elétricaHidrelétricasServiços

Mais de Negócios

11 franquias mais baratas do que viajar para as Olimpíadas de Paris

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Mais na Exame