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Ameaçada em Nova York, Uber apela para os usuários. Mas não funcionou

A Uber pode perder espaço em Nova York e pediu para os usuários pressionarem os políticos locais. Mas a internet não gostou.

Logo da empresa Uber mobilidade app. (Tyrone Siu/Reuters) (Tyrone Siu/Reuters)

Logo da empresa Uber mobilidade app. (Tyrone Siu/Reuters) (Tyrone Siu/Reuters)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 30 de julho de 2018 às 10h39.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 10h50.

São Paulo – A Uber não para de se meter em polêmicas nas cidades onde atua. A mais recente aconteceu em Nova York. A metrópole norte-americana estuda impor restrições ao número de carros do Uber que podem circular pela cidade.

O tema será discutido pelos políticos locais, que se dizem preocupados com os efeitos do aumento exponencial de motoristas de Uber para o trânsito da cidade, que já é caótico.

E a Uber resolveu responder à ofensiva. Numa mensagem pelo Twitter, a companhia convoca seus usuários a pressionarem os parlamentares. “O Conselho de Nova York quer aprovar novas regulamentações que podem tornar o seu Uber menos confiável e mais caro. Diga ao conselho: Não atrapalhe Nova York”, diz a mensagem.

Mas a reação da internet não foi bem a que a empresa esperava.

“Representantes da cidade de Nova York democraticamente eleitos estão considerando impor restrições à empresa privada e focada no lucro, Uber, e isso é totalmente injusto e vai ser uma imposição repressiva a você. Assinado: Seu amigo imparcial que não tem interesses no assunto, Uber”, ironizou um usuário.

“Por favor, Uber, pare com isso. Precisamos de boas políticas de transporte baseadas em evidências, não de super campanhas de lobby”, escreveu outro internauta.

A celeuma está longe de ser a primeira disputa entre a companhia e o poder público. Em junho, a Uber venceu uma batalha com o órgão regulador dos transportes de Londres, que se recusou a renovar a licença da empresa para operar na capital britânica.

Os motivos citados foram falhas em procedimentos para denúncia de crimes e verificações de antecedentes dos motoristas. Para alegria da empresa, uma juíza decidiu a favor do aplicativo.

No Brasil, a empresa também passou por uma batalha no Congresso, devido a um projeto de lei que encarecia e dificultava a atuação dos motoristas da plataforma. O projeto tinha apoio dos taxistas, que se dizem prejudicados pela concorrência com o aplicativo, que está liberado de diversos custos impostos aos táxis.

Assim como em Londres, por aqui o app levou a melhor. Como ele se sairá em Nova York?

 

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