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Alstom declara preferência pela GE; Siemens melhora proposta

Companhia ressaltou que a opinião do governo francês também será considerada

Logo do grupo francês Alstom e, ao fundo, o do conglomerado americano General Electric (GE), em 29 de abril de 2014 (Sebastien Bozon/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 23h47.

Paris - Aumentou nesta quarta-feira a queda de braço entre o grupo americano General Electric e o alemão Siemens pela compra da divisão energética da empresa francesa Alstom, que anunciou clara preferência pela GE, ressaltando, contudo, que a opinião do governo francês também será considerada.

O conselho administrativo da Alstom, grupo emblemático da indústria francesa, recomendou a seus acionistas a oferta da General Electric (GE), de € 12,35 bilhões (cerca de US$ 17 bilhões). Já a Siemens melhorou a proposta para chegar a um valor entre € 10,5 bilhões e € 11 bilhões.

"A Alstom estuda a proposta de aquisição de suas atividades de energia por parte da General Electric", declarou a companhia francesa Alstom, acrescentando que seu conselho de administração reconheceu "por unanimidade os méritos estratégicos e industriais dessa oferta".

Um comitê de administradores independentes fará uma "análise exaustiva" da oferta até o final de maio, completou a nota.

"É claro que o Estado terá algo a dizer a respeito", desconversou o presidente e conselheiro delegado da Alstom, Patrick Kron, em teleconferência com a imprensa.

Nesta quarta, a Alstom fechou em alta de 9,33% na Bolsa de Paris, até se situar em € 29,52. Sua cotação estava bloqueada desde 25 de abril.

Com um projeto político focado na luta contra o desemprego e contra a desindustrialização, o governo francês interveio no assunto, nos últimos dias, evocando o interesse da França e pedindo à Alstom que use o tempo para examinar outras propostas.

O governo "foi ouvido" sobre o "assunto Alstom", afirmou o primeiro-ministro Manuel Valls, comemorando o fato de que não se tenha feito de imediato "nenhuma discussão exclusiva" com a GE.

O conselho administrativo da Alstom garantiu que não fechou as portas para outras propostas, destacando que a Siemens "terá um acesso equilibrado às informações para que (...) possa apresentar uma proposta firme".

Para competir com a GE, a Siemens melhorou a oferta. Além de seu setor de trens de alta velocidade, propôs ceder ao grupo francês sua atividade nos metrôs e trens de subúrbio, segundo uma carta, à qual a AFP teve acesso.

Em nota, a GE afirmou que sua proposta foi recebida "positivamente" pela Alstom e que a mesma é "boa" para o grupo francês.

O grupo Alstom está há muito tempo implantado em vários países da América Latina, tanto no setor de transportes (trens e metrôs), quanto no de energia hidráulica e eólica. Em 2011, inaugurou uma fábrica de turbinas no nordeste do Brasil.

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O conselho administrativo da Alstom, grupo emblemático da indústria francesa, recomendou a seus acionistas a oferta da General Electric (GE), de € 12,35 bilhões (cerca de US$ 17 bilhões). Já a Siemens melhorou a proposta para chegar a um valor entre € 10,5 bilhões e € 11 bilhões.

"A Alstom estuda a proposta de aquisição de suas atividades de energia por parte da General Electric", declarou a companhia francesa Alstom, acrescentando que seu conselho de administração reconheceu "por unanimidade os méritos estratégicos e industriais dessa oferta".

Um comitê de administradores independentes fará uma "análise exaustiva" da oferta até o final de maio, completou a nota.

"É claro que o Estado terá algo a dizer a respeito", desconversou o presidente e conselheiro delegado da Alstom, Patrick Kron, em teleconferência com a imprensa.

Nesta quarta, a Alstom fechou em alta de 9,33% na Bolsa de Paris, até se situar em € 29,52. Sua cotação estava bloqueada desde 25 de abril.

Com um projeto político focado na luta contra o desemprego e contra a desindustrialização, o governo francês interveio no assunto, nos últimos dias, evocando o interesse da França e pedindo à Alstom que use o tempo para examinar outras propostas.

O governo "foi ouvido" sobre o "assunto Alstom", afirmou o primeiro-ministro Manuel Valls, comemorando o fato de que não se tenha feito de imediato "nenhuma discussão exclusiva" com a GE.

O conselho administrativo da Alstom garantiu que não fechou as portas para outras propostas, destacando que a Siemens "terá um acesso equilibrado às informações para que (...) possa apresentar uma proposta firme".

Para competir com a GE, a Siemens melhorou a oferta. Além de seu setor de trens de alta velocidade, propôs ceder ao grupo francês sua atividade nos metrôs e trens de subúrbio, segundo uma carta, à qual a AFP teve acesso.

Em nota, a GE afirmou que sua proposta foi recebida "positivamente" pela Alstom e que a mesma é "boa" para o grupo francês.

O grupo Alstom está há muito tempo implantado em vários países da América Latina, tanto no setor de transportes (trens e metrôs), quanto no de energia hidráulica e eólica. Em 2011, inaugurou uma fábrica de turbinas no nordeste do Brasil.

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