Negócios

Alstom anuncia construção de fábrica de trens no Brasil

O novo contrato antecipa a entrega das composições, que terão que começar a operar em sua totalidade antes de setembro de 2014


	Trem no Rio de Janeiro: a SuperVia, que opera os trens urbanos na cidade do Rio de Janeiro, investirá R$ 300 milhões na compra de 20 novas composições
 (Divulgação)

Trem no Rio de Janeiro: a SuperVia, que opera os trens urbanos na cidade do Rio de Janeiro, investirá R$ 300 milhões na compra de 20 novas composições (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 13h38.

Rio de Janeiro - A empresa francesa Alstom anunciou nesta segunda-feira que instalará uma fábrica no Rio de Janeiro a fim de atender, inicialmente, a encomenda da operadora de trens urbanos da cidade para a construção de 20 composições.

O anúncio foi realizado nesta segunda-feira em cerimônia que contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o presidente de Alstom no Brasil, Marcos Costa e o presidente da operadora de trens SuperVia, Carlos José Cunha.

Segundo o acordo assinado na cerimônia, a SuperVia, uma empresa controlada pelo conglomerado Odebrecht e que opera os trens urbanos na cidade do Rio de Janeiro, investirá R$ 300 milhões na compra de 20 novas composições, com um total de 80 vagões.

Os trens já tinham sido encomendados à companhia, mas o contrato inicial previa sua construção na França e a entrega entre 2016 e 2020.

O novo contrato antecipa a entrega das composições, que terão que começar a operar em sua totalidade antes de setembro de 2014, e prevê que seja montada em uma fábrica em Deodoro, um bairro na zona norte do Rio de Janeiro.

Dos R$ 300 milhões investidos pela SuperVia, R$ 20 milhões serão destinados à construção da fábrica de trens em um terreno de 32 mil metros quadrados que a operadora ferroviária tem em Deodoro.

A Alstom, que será responsável pelo local, começará a construir a fábrica em janeiro e prevê terminá-la em sete meses.


A instalação da fábrica no Rio de Janeiro permitirá que os trens contem com, pelo menos, 70% de seus componentes de procedência nacional e a obtenção de créditos oficiais no Brasil.

O acordo também prevê a contratação e a formação de mão de obra local. Na fábrica, trabalharão cerca de 50 pessoas e o início da produção está previsto para meados do próximo ano.

'Confiamos em contar, já em 2014, com novos trens em circulação produzidos no Brasil e que ajudarão a renovar a frota da SuperVia, que atualmente conta com 29 novos trens', afirmou o presidente da operadora ferroviária.

'A instalação da fábrica em Deodoro gerará benefícios tanto para a indústria ferroviária brasileira, já que favorecerá o crescimento do setor e gerará novos empregos, como para nossos passageiros', acrescentou Cunha.

Os trens que a Alstom irá construir no Rio de Janeiro contarão com desenho inovador, ar condicionado, passadiços entre os vagões, telas de televisão e capacidade para 250 passageiros em cada composição, segundo um comunicado do governo do Rio de Janeiro.

Os vagões serão integrados em comboios de entre quatro e oito carros, que serão dotados de piloto automático que permite controlar a aceleração, assim como manter uma velocidade regular e frear com suavidade.

'A Alstom está comprometida com o desenvolvimento do transporte público brasileiro há décadas. Agora, temos a oportunidade de reforçar nossa presença com um importante projeto e uma nova unidade fabril', afirmou o presidente no Brasil da multinacional francesa.

O investimento na fábrica e os 20 novos trens fazem parte de um acordo entre a SuperVia e o governo do Rio de Janeiro para investir R$ 2,4 bilhões na modernização do sistema ferroviário de passageiros.

Acompanhe tudo sobre:Alstomcidades-brasileirasEmpresas francesasMetrópoles globaisRio de JaneiroTransportesTrens

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem