Exame Logo

Alpargatas avalia aquisições para se tornar empresa global

Apesar da ambição, empresa também prevê que os negócios de sandálias e artigos esportivos devem crescer menos em 2012 se comparado com 2011

Os motores do crescimento serão as exportações, aumento da massa salarial, campeonatos esportivos pré-Copa do Mundo e ampliação da capacidade produtiva (EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 13h41.

São Paulo - A Alpargatas SA, fabricante das sandálias Havaianas, avalia aquisições no exterior como oportunidade para crescer nos próximos anos e se tornar uma empresa global, segundo Márcio Utsch, presidente da companhia.

“Temos sob análise alguns negócios na área de M&A”, disse Utsch em entrevista na sede da Bloomberg em São Paulo ontem, sem dar mais detalhes. Utsch, 52, disse que a Alpargatas tem planos de ser uma empresa global de marcas nos setores de calçados, vestuário ou artigos ligados a esses negócios. “Nesses segmentos é que se concentra a nossa pesquisa.”

A Alpargatas tinha R$ 683,6 milhões em saldo de caixa em 30 de setembro, segundo o último balanço divulgado. É o maior patamar desde pelo menos 1999, segundo dados compilados pela Bloomberg. As últimas aquisições foram feitas em 2007 por meio da compra da Companhia Brasileira de Sandálias, dona da marca Dupé, e de participação na Alpargatas Argentina SA, segundo dados da Bloomberg.

A empresa prevê que os negócios de sandálias e artigos esportivos devem crescer em 2012 a uma taxa maior que a do ano passado, segundo o executivo. Os motores do crescimento serão as exportações, aumento da massa salarial, campeonatos esportivos pré-Copa do Mundo e ampliação da capacidade produtiva, disse Utsch. A Alpargatas vai contratar 2.250 pessoas este ano, um aumento de cerca de 13 por cento no seu quadro.

As ações acumulam alta de 15 por cento este ano até ontem. No mesmo período, o índice Small Cap da bolsa brasileira ganhou 11 por cento. A Arezzo Indústria e Comércio SA deu um salto de 28 por cento. A Alpargatas caía 1,3 por cento às 12:45 em São Paulo, cotada a R$ 14,02.

De seis analistas consultados pela Bloomberg, quatro tem recomendação de “compra” para a Alpargatas e dois recomendam “manutenção”.

Exportações aceleradas

Apesar da perspectiva de um cenário macroeconômico mais difícil em 2012, o crescimento das exportações da Alpargatas continuará se acelerando, disse Utsch. Segundo o último balanço trimestral, 32 por cento da receita da companhia foi em moeda estrangeira.

A exportação “terá um crescimento por expansão geográfica e por aumento de participação nos mercado em que já estamos”, disse ele.

A Alpargatas inaugura no segundo semestre do ano uma fábrica em Montes Claros, Minas Gerais, que vai aumentar a capacidade de produção de sandálias entre 30 por cento e 40 por cento em relação aos cerca de 250 milhões de pares por ano atuais, disse Utsch.


Impulso da Copa

A realização da Copa do Mundo em 2014 e da Olimpíada em 2016 contribuirá para o segmento de calçados esportivos da empresa, que produz as marcas Topper, Rainha, Mizuno e Timberland, disse Utsch.

“O momento é muito favorável para essas quatro marcas e será muito favorável até 2016. Vamos crescer muito por conta desses eventos”, disse ele.

O segmento de sandálias será beneficiado pela expansão da massa salarial. “Esses 14 por cento de aumento vão direto na veia de sandálias”, disse Utsch, em referência ao reajuste do salário mínimo este ano.

A Alpargatas teve lucro líquido de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre, alta de 7,6 por cento em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com comunicado enviado ao mercado em 11 de novembro. A receita líquida subiu 18,4 por cento, para 687,5 milhões no período segundo o comunicado.

A empresa divulgará seu relatório de desempenho do quarto trimestre e de 2011 no dia 16 de março, segundo seu departamento de relações com investidores.

Veja também

São Paulo - A Alpargatas SA, fabricante das sandálias Havaianas, avalia aquisições no exterior como oportunidade para crescer nos próximos anos e se tornar uma empresa global, segundo Márcio Utsch, presidente da companhia.

“Temos sob análise alguns negócios na área de M&A”, disse Utsch em entrevista na sede da Bloomberg em São Paulo ontem, sem dar mais detalhes. Utsch, 52, disse que a Alpargatas tem planos de ser uma empresa global de marcas nos setores de calçados, vestuário ou artigos ligados a esses negócios. “Nesses segmentos é que se concentra a nossa pesquisa.”

A Alpargatas tinha R$ 683,6 milhões em saldo de caixa em 30 de setembro, segundo o último balanço divulgado. É o maior patamar desde pelo menos 1999, segundo dados compilados pela Bloomberg. As últimas aquisições foram feitas em 2007 por meio da compra da Companhia Brasileira de Sandálias, dona da marca Dupé, e de participação na Alpargatas Argentina SA, segundo dados da Bloomberg.

A empresa prevê que os negócios de sandálias e artigos esportivos devem crescer em 2012 a uma taxa maior que a do ano passado, segundo o executivo. Os motores do crescimento serão as exportações, aumento da massa salarial, campeonatos esportivos pré-Copa do Mundo e ampliação da capacidade produtiva, disse Utsch. A Alpargatas vai contratar 2.250 pessoas este ano, um aumento de cerca de 13 por cento no seu quadro.

As ações acumulam alta de 15 por cento este ano até ontem. No mesmo período, o índice Small Cap da bolsa brasileira ganhou 11 por cento. A Arezzo Indústria e Comércio SA deu um salto de 28 por cento. A Alpargatas caía 1,3 por cento às 12:45 em São Paulo, cotada a R$ 14,02.

De seis analistas consultados pela Bloomberg, quatro tem recomendação de “compra” para a Alpargatas e dois recomendam “manutenção”.

Exportações aceleradas

Apesar da perspectiva de um cenário macroeconômico mais difícil em 2012, o crescimento das exportações da Alpargatas continuará se acelerando, disse Utsch. Segundo o último balanço trimestral, 32 por cento da receita da companhia foi em moeda estrangeira.

A exportação “terá um crescimento por expansão geográfica e por aumento de participação nos mercado em que já estamos”, disse ele.

A Alpargatas inaugura no segundo semestre do ano uma fábrica em Montes Claros, Minas Gerais, que vai aumentar a capacidade de produção de sandálias entre 30 por cento e 40 por cento em relação aos cerca de 250 milhões de pares por ano atuais, disse Utsch.


Impulso da Copa

A realização da Copa do Mundo em 2014 e da Olimpíada em 2016 contribuirá para o segmento de calçados esportivos da empresa, que produz as marcas Topper, Rainha, Mizuno e Timberland, disse Utsch.

“O momento é muito favorável para essas quatro marcas e será muito favorável até 2016. Vamos crescer muito por conta desses eventos”, disse ele.

O segmento de sandálias será beneficiado pela expansão da massa salarial. “Esses 14 por cento de aumento vão direto na veia de sandálias”, disse Utsch, em referência ao reajuste do salário mínimo este ano.

A Alpargatas teve lucro líquido de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre, alta de 7,6 por cento em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com comunicado enviado ao mercado em 11 de novembro. A receita líquida subiu 18,4 por cento, para 687,5 milhões no período segundo o comunicado.

A empresa divulgará seu relatório de desempenho do quarto trimestre e de 2011 no dia 16 de março, segundo seu departamento de relações com investidores.

Acompanhe tudo sobre:AlpargatasCalçadosEmpresasFusões e AquisiçõesHavaianasRoupas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame