Remédios: uma unidade do Soliris, usado para tratamento de doença sanguínea, custava R$ 21,7 mil até o ano passado (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de abril de 2018 às 18h25.
A Alexion, empresa farmacêutica que produz o medicamento Soliris, que teve sua patente quebrada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quinta-feira, disse nesta sexta-feira que nenhuma licença compulsória do medicamento foi solicitada ou concedida no Brasil.
A farmacêutica afirmou também que continua tendo pedidos de patente pendentes no Brasil, o que poderia dar proteção adicional ao medicamento Soliris.
Ainda segundo comunicado da Alexion, o Brasil representa um percentual baixo, de um dígito, das vendas mundiais da empresa. A Alexion informou que está avaliando a decisão antes de explorar as opções de resposta.
O remédio, que não é vendido em farmácias atualmente e só está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é usado para tratar a Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), rara doença que afeta o sistema sanguíneo.
Até meados do ano passado, uma única unidade do medicamento custava 21,7 mil reais. Em 2016, o SUS gastou 613 milhões de reais com a compra do medicamento, que foi utilizado para tratar 442 pacientes diagnosticados com Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN).
Com a decisão do STJ de quinta-feira, o medicamento poderá ser produzido de forma genérica, o que o tornaria mais acessível.